Desde a criação dos primeiros Estados-nação democráticos, os cidadãos desses Estados contam com a prática do voto. Em um mundo perfeito, votar permitiria a qualquer pessoa, independentemente de quem seja, a capacidade de expressar sua opinião sobre quem deveria ser o líder escolhido. No entanto, agora mais do que nunca, vimos que as eleições geralmente estão vinculadas a atos de supressão de eleitores, segurança do eleitor e falta de fé geral no sistema.
Na reportagem da CNN Brasil, o país lança uma série de testes com o objetivo de descobrir se o software eleitoral é capaz de hackear. Ao contar com a ajuda de 39 especialistas na área, o TSE afirma poder “fortalecer a confiança, transparência e segurança do processo eleitoral”.Com o aumento da segurança com o objetivo de proteger o anonimato dos eleitores, a escolha dos líderes pode ter o impacto adicional de fazer com que mais cidadãos tenham fé no eleitorado. Este é um programa incrível que o Brasil lançou, porque durante as eleições de 2016 e 2020, os russos foram capazes de invadir os sistemas americanos para olhar as informações do eleitor das pessoas e também influenciar a eleição, apresentando desinformação.
O artigo sobre Cabo Verde falava sobre como o país tem 400 mil pessoas inscritas para votar, enquanto o artigo para o Público abordava a taxa de abstenção que se projeta estar no seu pico mais alto, desde as primeiras eleições em 1976, por volta de 45-50%. Este número chocante de não participantes é um claro indicador da falta de confiança entre os cidadãos de um país e seu processo eleitoral. A maioria dessas pessoas perdeu a fé no sistema por causa de funcionários eleitos que, uma vez que tiveram votos e assumiram o cargo, voltaram atrás em suas promessas de campanha. No entanto, esses eleitores não percebem que seus governantes eleitos só têm um emprego porque foram eleitos para ele; portanto, os cidadãos devem responsabilizar seus funcionários ou então os líderes correm o risco de perder apoio. Outras razões para um número tão curto de comparecimento às urnas podem ser decorrentes de barreiras socioeconômicas, de algo tão simples como não poder dirigir até o local de votação ou não poder se ausentar do trabalho para ficar horas na fila em um local de votação.
Voltando à última aula quando falamos sobre acesso, quais são algumas maneiras que os países usariam em termos de legislação que permitiria que mais pessoas votar? Por que as pessoas escolheriam não votar, se sabem que podem acabar com um candidato de que não vão gostar?
Em termos de legislação, acho que os países podem tornar os dias de eleição mais acessíveis. A legislação pode ser feita para que as cabines de votação fiquem abertas durante o dia todo para que as pessoas que têm que trabalhar durante o dia possam votar à noite. Também pode ser feita legislação para testar o sistema de votação semelhante ao que é feito no Brasil para que há maior segurança nas eleições. Sua pergunta sobre por que as pessoas optaram por não votar se sabem que não vão gostar de um candidato é complexa. Na minha opinião, muitas pessoas que optaram por não votar não o fazem porque são preguiçosas ou ignorantes. Eles querem votar, mas sentem que seu voto não importa, porque sentem que nunca teve importância no passado. Suas vidas podem não mudar para melhor. Ou eles podem não votar porque é extremamente difícil para eles acessar a votação. Esta é a principal questão de as pessoas não votarem, na minha opinião. Não é tão simples quanto as pessoas NÃO QUEREM votar. É uma questão que NÃO PODEM votar.
Estas perguntas são muito boas, Andres! Acho que é importante que nos lembremos que a habilidade de votar também é uma questão de acesso. Uma maneira que os países poderiam implementar para ter mais eleitores poderiam ser fazer o dia de votar uma feria nacional. Então mais negocias teriam de permitir seus empregados tomam o dia para ir as votações. Porque como você mencionou, é difícil para as pessoas que não podem tomar tempo de trabalho e ficam horas nas filas para votar.
Sua segunda pergunta é muito importante também porque durante a eleição presidencial passado muitas pessoas como Fair vote Emory e organizações comunitárias trabalharam muito de transportar pessoas as votações. Eles sabiam que muitas pessoas não confiaram que suas votas valeriam a pena. Porque as eleições presidências são entre ou colégio eleitoral, distritos vermelhas ou azuis não contam as votas opostas no fim do dia. Então para essas pessoas uma forma de expressar sua opinião politica é não vir de votar absolutamente nada.
Oi Andres! Acho que as pessoas optam não votar muitas vezes simplesmente porque não gostam das opções que tem em qualquer eleição. Para muitos, votar em uma democracia tornou-se uma esperança perdida. As pessoas às vezes acham que, quando podem prever o resultado, não vale a pena tentar fazer a diferença. No entanto, isso causa uma tendência entre algumas populações. Ver pessoas escolhendo não votar pode influenciar outras pessoas a não votar também. Uma única voz parece ser silenciada entre as multidões, então as pessoas optam por não votar porque invalidam sua própria voz. Em situações como essa, as pessoas não devem ter o direito de expressar desconforto nos resultados. Quando as pessoas decidem não votar e ficam insatisfeitas, é extremamente irônico. Optar por silenciar sua própria voz e depois ter opiniões sobre algo em que você não teve influência é uma das coisas mais irritantes que as pessoas fazem nos tempos modernos.