Como sabemos, há muito para fazer na África para reparar os séculos de pilhagem por parte dos europeus. Depois destes séculos, a África agora fica sem os seus muitos recursos naturais. Por isso, é importante que se recomponha.
Logo depois, a pergunta torna-se em como poderia fazer isso.
Neste artigo do Jornal de Angola, fala sobre como serão usados os recursos. Especificamente, este artigo discute os empreendimentos de Aker Solutions Enterprises (AKSEL) e como vai trabalhar na indústria petrolífera angolana “a nível do capital humano e tecnológico.”
E aí chegamos ao chamado (por mim) “problema”. É imensamente importante que a África seja capaz de construir capital, mas é importante que faça assim? Com a crise climática que temos, a indústria petrolífera é a última coisa útil na luta contra as alterações climáticas. Não deveria haver mais operações relacionadas com a utilização de combustíveis fósseis, sim?
Ao mesmo tempo, a África é abundante em petróleo. Então, é justo criticar o uso destes recursos enquanto que ajuda a alguns países africanos? Como é que os países sem muito capital pode ganhá-lo durante que o mundo está a arder?
Uau Lucas! Você aponta um problema bem complicado porque completamente entendo con os dois argumentos. Por um lado, é certo que a crise climática é um assunto grave que precisa de soluções urgentes. Qualquer adição à indústria do petróleo pode ser vista como adição de combustível ao fogo (literal e figurativamente). Por outro lado, depois de séculos de explotação dos recursos africanos por parte dos europeos, como podemos criticar quando os africanos aproveitam dos seus próprios recursos para estabelecer capital? Em um mundo perfeito, gostaria que todos os países usassem fontes de energia sustentáveis, mas sei que isso não é atingível para os países com menos desenvolvimento econômico ou tecnológico. Então, acho que temos que lembrar que os países e empresas com o maior “carbon footprint” devem ser os mais responsáveis em limitar suas emissões e outros efeitos negativos. Devemos criticar todo o sistema e não só os países africanos.