Saúde e o futuro

Nesta semana os artigos com tema de saúde trazem perguntas sobre o futuro. A primeira notícia, de Guiné-Bissau, falava sobre 58 médicos e técnicos de saúde suspensos que procuram regularizar suas práticas com o Ministério da Saúde suas práticas em cirurgia obstetrícia, ecografia e anestesia. O Ministério da Saúde os mantém esperando, sem permitir que exerçam suas profissoes. É uma história frustrante que muitos trabalhadores de saúde emfrentam em tudo o mundo é que no caso do artigo ainda não há solução até o momento. Conheço histórias de migrantes latinos cujos estudos, muito valiosos, não foram normalizados nos Estados Unidos devido ao peso da burocracia. O futuro abrirá a porta? A segunda notícia, de Brasil, é muito preocupante, e fala sobre os riscos futuros que tem a população exposta à fumaça gerada pelas queimadas e os aumentos de câncer nas próximas décadas. Uma verdade desconfortável deste artigo é que a crise ambiental pode ser uma sepultura no futuro, e que o futuro da saúde de muitas pessoas, as expostas, é sacrificado por o extractivismo natural e humano que causa os incêndios.  O último artigo mostra a Mpox como uma doença monitorizada pelo Ministério da Saúde angolano, mas como uma doença que ainda não se espalhou. O artigo tenta de mostrar que aqueles que comem animais de caça são ignorantes do impacto do Mpox, e os vendedores também são ignorantes. Essa distribuição de culpa me parece elitista quando o artigo diz que o ministério “anunciou que o país ainda não regista casos de Mpox e tem desenvolvido medidas de vigilância epidemiológica”. Assim que não acho razão para culpar as pessoas. Acho que o problema talvez seja uma falha pedagógica e comunicativa do Ministério da Saúde. A prevenção é importante, mas ao invés de acusar as pessoas de ignorância, o jornal poderia perguntar porque é que o ministério angolano não considerou urgente ensinar sobre a Mpox, os seus riscos e determinantes de contágio se o risco futuro de uma pandemia é completamente indesejável.

  1. Acha importante de pensar no futuro quando falamos de saúde?
  2. É também importante pensar no passado quando se fala em saúde e abordar questões como a colonização e as desigualdades herdadas? Por que?

One thought on “Saúde e o futuro

  1. Oi Jose! Concordo com você que os problemas que os trabalhadores de saúde enfrentam são muito frustrantes. Como imigrante venezuelana, conheço muitos médicos venezuelanos nos Estados Unidos que não puderam continuar suas carreiras cirurgiões e agora estão trabalhando como motoristas de Uber ou em algumas lojas. Eles não puderam seguir suas carreiras devido às leis dos Estados Unidos, que os obrigam a fazer toda a carreira novamente nos Estados Unidos para poderem exercer a profissão. Acho que é muito importante pensar no futuro quando falamos da saúde, especialmente nesses casos de imigrantes para poder oferecer-lhes oportunidades de continuar suas profissões em outros países– talvez poderiam fazer um teste para validar seu diploma sem ter que fazer 12 anos de carreira novamente.

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