Edições Novembro promove marcha contra o suicídio
Oi gente! Para essa semana escolhi um artigo no Jornal de Angola que contém temas sobre saúde mental e suicídio no pais de Angola. O país tem um rácio de 2,48 médicos por cada 10 mil habitantes, segundo o anuário sanitário de Angola 2021. A falta de médicos em Angola apresenta problemas de saúde física para a população, mas também para a saúde mental. Antes de ler o artigo, não tive a menor ideia que o suicídio vai aumentando nas populações jovens de Angola, especialmente em Luanda. A igreja evangélica também juntou a luta contra o suicídio, sugerindo que a causa por tantas mortes é que os núcleos familiares estão piorandos e que os jovens não conhecem a palavra de Deus. Na minha opinião é bom ter o apoio das instituições culturais e religiosas para combater problemas da saúde mental, porque muitas vezes não são reconhecidos como problemas legítimos da saúde pública se não tem esse apoio. Acho que a marcha comemorando o “Setembro Amarelo”, que começou no Brasil em 2015, é uma boa estratégia para produzir mais publicidade sobre o problema e para lutar contra os estigmas do suicídio e depressão.
1. Em suas palavras, descreve se a Igreja Evangélica está ajudando a resolver o problema de suicídio em Angola ou se está impactando a luta negativamente.
2. Quais outros fatores levam as pessoas a tirarem sua própria vida que não menciona o artigo?
Olá Henry, gostei de ler sua postagem. Não sabia que o suicídio estava a aumentar em Angola. Acho que a pergunta que você fez sobre se as instituições religiosas que ajudam no combate ao suicídio são benéficas ou não é importante. A religião é importante porque pode trazer esperança às pessoas. Ter essa esperança pode ser importante para que as pessoas acreditem que o seu futuro vai melhorar. Desta forma, penso que ter instituições religiosas apoiando indivíduos pode ser importante. Por outro lado, sei que a religião tem sido frequentemente usada para descartar a saúde mental, descrevendo-la como falsa ou inválida. Se este for o caso em Angola, não creio que as instituições religiosas devam ajudar a combater o suicídio. No geral, penso que a linguagem e as abordagens que estas instituições utilizam são cruciais para determinar se são úteis ou não.
Oi Henry, obrigada pelo artigo. Acho que incluo a colonização em cada resposta e post que faço, mas e parece interessante que o legado colonial não seja parte duma conversação sobre a saúde mental nos países previamente coloniais. O digo porque Angola é um país que sofreu não só a colonização; também teve uma guerra civil devastador, em parte pela intervenção dos Estados Unidos e a União Soviética. A intervenção internacional no país segue hoje pelos minerais preciosos e outros “recursos naturais” que tem o país, alimentando a corrupção governamental. Como consequência, a qualidade da vida é muito baixa. Eu, pelo menos, tivesse pensado que esto seria uma das maiores causas da saúde mental ruim, mas claro, não estou lá, então não posso nem devo falar por cima das pessoas que estão vivendo lá.
Olá Henry, eu acho que é muito importante falar sobre a saúde mental porque é um tópico prevalente hoje em dia. Concordo que é bom ter apoio de institucionais religiosos e culturais, mas eu acho que quando a igreja dá a culpa aos jovens porque não leem a palavra de Deus é evitando a raiz do problema. O problema é que as pessoas não têm acesso adequado a assistência médica especificamente a ajuda com a saúde mental. Isso é um problema e eles precisam oferecer mais assistência para a saúde mental aos jovens e a todas as pessoas; para parar o crescimento das taxas de suicídio.