Algo que me chama muito a atenção sobre estes artigos — e acho que se reproduz geralmente nos artigos sobre as crises ambientais — é o foco nos humanos, o antropocentrismo. O primer artigo fala sobre as pessoas que causam incêndios e os políticos que não financiam suficientemente o controle dos fogos. Não fala, entretanto, o efeito ao ecossistema e a vida não humana. O segundo artigo fala sobre as mortes humanas por causa dos incêndios. Outra vez, não há nenhuma menção da vida não-humana ou mais-que-humana. O terceiro artigo segue o patrão quando fala sobre a ecoansiedade. Para ser clara: não digo que os humanos não causassem ou provoquem câmbios climáticos, nem que os humanos não sofram como consequência. Eu fui a Asheville recentemente e posso testificar ao sofrimento humano tanto físico como psicológico que os residentes lá estão sofrendo. Me interessa, contudo, que para enfatizar a solenidade do cambio climático, os jornalistas têm que centralizar o impacto nos humanos. Concordo que é provável que se os artigos falassem sobre a perdida da vida floresta, não receberia muita atenção. À mesma vez, me pergunto que se houvessem importado mais a vida mais-que-humana faz centos de anos, estaríamos nesta posição hoje.
Perguntas:
- Acha você que os artigos sobre o meio ambiente devem enfocar-se na vida humana?
- Como podemos valorar a vida humana e também a vida não humana?
Olá Rebecca,
Fiquei grata por ler a sua discussão, porque honestamente, eu nunca pensei sobre o antropocentrismo quando estava lendo estes artigos; é um preconceito tão integrado nas nossas mentes, que ni o pensamos como uma. Acho que é absolutamente importante lembrar que os humanos não são os únicos seres impactados pela mudança climática. As plantas, por exemplo, são pedaços críticos para a biodiversidade no planeta e sofrem muito com estas mudanças e desastres naturais. Para combater os preconceitos que temos como humanos, acho que é necessário fazer mais pesquisa e artigos informando a outros os efeitos na biodiversidade e outras espécies. Isto ajudaria com valorar ambos e assegurar que estamos cuidando que o nosso meio ambiente.
Oi, Rebecca! Gostei muito de ler sua publicação. Assim como Chloe, não pensei no antropocentrismo enquanto lia os artigos, e concordo que é necessário reconhecer os impactos em toda a sua diversidade biológica, incluindo aspectos como a estabilidade química do ar e das águas.
Também acredito que a vida animal e vegetal não está desconectada da vida humana, e podemos discutir mais sobre suas interações. Por isso, não acho que o enfoque deva estar apenas nos seres humanos. Além disso, a ideia abstrata de “humanos” é muito problemática. De quais humanos estamos falando? Isso também é algo importante. Será que os discursos ambientais estão estigmatizando os pobres? Os artigos ambientais estão culpando individualmente as pessoas e esquecendo as estruturas do capitalismo que causam os problemas?
Oi Rebecca! Acho que os artigos sobre mudanças climáticas devem ter essas histórias do sofrimento humano, porque é um problema que diretamente está afetando muitas pessoas recentemente como você já falou. Quando eu estava na escola primária, faz mais de uma década, a educação sobre as mudanças climáticas concentrava o sofrimento não-humano, mas é claro que esse tipo de educação não está refletindo que tão drásticos são os efeitos.