Category Archives: Artes

O meio ambiente e a saúde mental

Normalmente, quase nunca leio notícias que tem que ver com o meio ambiente, mas é muito importante estar informado já que o câmbio climático é um problema muito real e presente em nossas vidas. 

Eu fiquei muito interessada pelo último artigo, “Como eventos extremos impactam a saúde mental.” Acho que eu nunca havia associado o meio ambiente com a saúde mental, mas agora vejo o forte relacionamento. Um exemplo pessoal é que eu moro em Miami e nessa área há muitos furacões, especialmente ao final do verão.

Isto causa muito estresse para minha família e todo mundo na Flórida— as pessoas correm aos supermercados para comprar água em botelhas plásticas, baterias e alimentos enlatados que duram muito tempo, caso a luz desapareça. Em outros casos, as pessoas em certas áreas são evacuadas o qual também causa muito estresse e ansiedade porque as pessoas rapidamente têm que pesquisar um lugar longo de suas casas para ficar durante o furacão e ademais eles não sabem se quando voltam, suas  casas todavia vai existir ou foram destruídas pelo furacão.

De que outras maneiras os desastres naturais podem causar estresse e problemas de saúde mental? Você tem algum exemplo?

Léonora Miano e o racismo

Eu li um artigo na Revista Cult, chamado “A literatura migrante segundo Léonora Miano”. O artigo era uma entrevista de Victor Kutz com Léonora Miano, uma autora convidada para a Festa Literária Internacional de Paraty de 2024, no estado do Rio de Janeiro. Ela é uma autora camaronesa e francesa cuja literatura explora a experiência de mulheres africanas na Europa e na França, onde há 3,5 milhões de pessoas nascidas na África, representando 48% do número total de imigrantes. Um objetivo de sua literatura é “colocar no centro da narrativa aqueles que geralmente habitam as periferias (…) deslocar o centro e fazer com que o que normalmente é periférico se torne central”. É uma literatura que busca trazer a periferia ao centro, expondo a violência colonial dos impérios.

Uma coisa que gostei muito na entrevista foi a influência da autora africana de autoras brasileiras como Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento. Ela diz que Lélia “refletia sobre a natureza do racismo no Brasil, dizendo que o Brasil pratica um racismo cordial, ou seja, um racismo sutil, que te faz acreditar que você é da família, mas nega sua parte na partilha de poder. […] Isso é exatamente o que acontece na França. Não há brutalidade, mas há muita hipocrisia, chantagem e violência emocional.” Ela explica: “Descobri Lélia Gonzalez meio por acaso em uma publicação francesa sobre feministas do sul global, onde havia um artigo em que ela refletia sobre a dificuldade de definir a identidade dos negros no Brasil”.

Gostei muito de pensar sobre as redes intelectuais que conectam o sul global em relação a conversas sobre injustiça, e fico pensando se, em países como a Colômbia, as pessoas leem Léonora Miano para entender mais sobre a presença do racismo.

Pergunto:

  1. Existem referências intelectuais importantes na África ou acha importante que aprendamos mais sobre a África para entender problemas nos Estados Unidos?
  2. Concorda com Léonora e Lélia quando dizem que temos um racismo cordial, “ou seja, um racismo sutil, que te faz acreditar que você é da família, mas nega sua parte na partilha de poder”?

O link:

 

A literatura migrante segundo Léonora Miano

Quem pode apoiar, quem pode votar?

Recentemente no Instagram, o artista Bad Bunny anunciou seu apoio à Kamala Harris, e este artigo especula sobre a influência possível deste anuncio. Como o artigo relata, Bad Bunny é um dos artistas mais ouvidos mundialmente, e tem uma plataforma e um alcance enormes. É interessante que um artista e uma pessoa porto-riquenha apoie uma candidata presidencial dado que, também como o artigo conta, os porto-riquenhos não podem votar. O artigo se enfoca na população diaspórica em Pensilvânia, onde ficam 300,000 pessoas que são porto-riquenhos e têm o direito ao voto. A implicação é que é possível que essas pessoas seguiram o exemplo de Bad Bunny e votarem para Kamala Harris, e que como resultado, ela poderia ganhar o estado sempre contestado (“swing state”).

O que a mi me parece importante, entretanto, é a influência que o artigo atribui ao Bad Bunny. Sugere que as pessoas não necessariamente votam seus valores, se não votam como seus artistas preferidos dizerem. Não sei exatamente os resultados nem estadísticas exatas dos apoios por parte das celebridades, mas é importante que digam que têm uma influência exagerada. Contribui, acho eu, discursivamente à construção da celebridade e o seu papel na sociedade e nas políticas.

Perguntas:

  1. Moramos numa democracia representativa se todas as pessoas que têm cidadania não podem votar?
  2. O que deve ser o papel do artista o da celebridade durante os eleições? (Pensem em Bad Bunny que apoio à Kamala Harris e Nicky Jam que apoio ao Trump.)

Arte em objetos cotidianos

 

O artigo que escolhi para esta semana se chama “Camões homenageado em moedas francesas” e fala sobre que a Monnaie de Paris lançou três moedas para assinalar os 500 anos do nascimento do poeta português, Luis de Camões. Os desenhos das moedas tem símbolos da vida de Camões como navios e a Cruz da Ordem de Cristo, ressaltando seu impacto cultural no mundo.

Achei essa notícia muito interessante porque percebi que a arte faz parte de nossas vidas de maneiras tão diferentes, que às vezes nem nos damos conta disso, por exemplo no desenho de uma moeda. Esse artigo é um bom exemplo de como a arte existe de formas que vão além de uma escultura ou um quadro—formas mais tradicionais da arte. Aqui, a moeda, que é um objeto qualquer, é usado como um “canvas” pequeno para representar a vida e o impacto cultural de umapessoa.

Dessa forma, a influência da arte não está limitada às galerias ou aos museus, mas também é parte de espaços públicos e possessões pessoais, neste caso uma moeda, o qual nos deixa levar a arte até em nossos bolsos. 

https://www.dn.pt/6458648030/camoes-homenageado-em-moedas-francesas/

  1. Como a arte em objetos cotidianos, como moedas ou edifícios, pode afetar nossa visão da cultura e da história sem nos darmos conta disso? Quais são alguns exemplos de suas vidas pessoais?

Como a arte pode reforçar um sistema de opressão

Como já falamos na semana passada, a arte pode abranger muitas coisas–uma delas é a música. Elegi um artigo sobre o músico Stewart Sukuma para esta semana, que é um artista moçambicano. Nas redes sociais, ele postou uma mensagem denunciando a “partidarização das artes e cultura”, que é utilizado para apoiar narrativas hegemônicas e continuar deixando um governo opressivo no poder. Ele falou que é um paradoxo muito grande porque os artistas especialmente deveriam ser defensores da justiça social. O autor do artigo também acrescentou que os eleitos para o governo moçambicano é muito pronto, e acontece no dia 9 de Outubro. Eu acho que ele faz um bom ponto em destacar suas frustrações, porque os artistas muitas vezes podem influenciar os pensamentos dos povos nas suas comunidades. Arte historicamente é uma forma para se expressar e refletir o clima social de um país. Por esta razão, as ditaduras muitas vezes impõem censuras nas artistas, “para controlar” os cidadãos. Ao final acho que é importante para a arte ser uma saída em que podemos destacar injustiças na sociedade para tentar melhorá-las.

 

Quais são os perigos de um artista mostrar nacionalismo nas suas canções?

Qual é a sua música favorita que destaca um problema social?

Flican 2024

Artigo: 5ª Flican: Um evento para celebrar a história e a cultura do sertão abre sua edição sobre poesias e recitais

Oi gente! Para esta semana eu li um artigo sobre uma feira cultural que acontece em Canudos, Bahia chamada Flican. Este ano a feira está comemorando as obras de João Ubaldo Ribeiro, um escritor brasileiro que nasceu na Bahia e que era parte da academia brasileira de letras. A feira tenta mostrar a cultura e tradições do sertão com palestras, poesia, eventos musicais, exposições visuais, e espetáculos. Como já falamos na semana passada, a arte pode ser muitas coisas, mas para povos que sofreram uma história de violência ou outras opressões, a arte tem mensagens de resistência. Flican é um exemplo dessa resistência que sai de uma história de violência. Canudos passou por um massacre ao fim do século XIX às mãos do governo brasileiro pos-abolição da escravidão e a derrota da monarchia. Para mim, essa história faz a feira até mais especial e um exemplo de como a arte é um vínculo entre o passado e o presente.

  1. Quais formas de arte associadas com o nordeste vocês conhecem?
  2. Porque é importante ter feiras e exposições de artes menos conhecidas?

Quando a admiração se torna demais

Acho que cada pessoa tem uma forma de admiração para as artes; seja que gostam duma artista, gênero de teatro ou um gênero de música. Este admiração é importante para muitas pessoas porque eles formam grupos de pessoas que gostam da mesma coisa. Muitas vezes, esses grupos de fãs ficam obcecados e cada aspecto da vida deles está dedicado aos seus ídolos. Esta obsessão consome todo o dinheiro e o tempo dos fãs, que pode causar efeitos negativos na suas vidas. 

O artigo que eu escolhi para esta semana fala sobre o custo de ser um fã e como este custo foi maior que o gasto médio mensal da população. Acho que não é uma coisa ruim que as pessoas tenham algo que admira, mas quando esta admiração toma controle da sua vida; se torna numa coisa ruim. Os fãs precisam saber as consequências de gastar tanto dinheiro nos seus ídolos, porque eles não teriam dinheiro para coisas essenciais como a comida, habitação e água. 

Quais são maneiras boas que os fãs podem mostrem o seu apoio para os seus ídolos?

Você gasta muito dinheiro para apoiar artistas que gosta?

Favoriten

O artigo que escolhi ler esta semana é sobre um documentário exibido no festival de cinema de São Paulo. Esse documentário, chamado Favoriten e feito por Ruth Beckermann, fala sobre crianças imigrantes em escolas de Viena. Muitas dessas crianças vêm de famílias do Oriente Médio que tiveram que fugir de seus países por causa de guerras e violência. O documentário não tinha o objetivo de entrevistar ou mostrar informações sobre o sistema escolar austríaco; ele apenas observa crianças imigrantes em um ambiente de aprendizado.

É interessante ouvir como as crianças pensam sobre coisas muito sérias, como guerra, normas sociais e religião. No documentário, meninas comentam que “não querem crescer para ser donas de casa”. Ao mesmo tempo, outros estudantes compartilham suas opiniões sobre guerra, imigração e religião. Todos esses alunos têm cerca de 7 anos. Acho interessante que este documentário esteja sendo exibido no festival de cinema de Sao Paulo e agora tenha um artigo sobre ele em “Folha”. A observação dessas crianças imigrantes mostra como é ser imigrante e as dificuldades que surgem cedo na vida.

Porque você acha que esse filme foi exibido no festival de cinema de São Paulo?

Você acha que crianças imigrantes em São Paulo passam por experiências parecidas com as crianças desse documentário?

Cabelo como forma de resistência

https://www.terra.com.br/nos/cabelo-como-arte-e-resistencia-conheca-a-historia-de-jacy-carvalho,c24af9fada5c66ffa274d5b0a3f73b66ef8lamsc.html

Olá pessoal! Neste artigo surge uma discussão em torno de Jacy Carvalho, uma artista e criadora de conteúdo que enfrentou anos de tratamentos químicos agressivos para alisar o cabelo crespo, buscando se encaixar em padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Depois de sofrer com danos capilares severos e pressão para se “embranquecer,” Jacy decidiu abraçar seu cabelo natural e transformá-lo em arte por meio do projeto Esculturas Crespas, promovendo o empoderamento das mulheres negras.

Acho que, muitas vezes, a sociedade impõe padrões estéticos que forçam as pessoas a se conformarem, mesmo que isso envolva dor física e emocional. Especialmente para mulheres negras, o cabelo torna-se um símbolo de resistência e expressão cultural, mas também um alvo de discriminação. Assim como Jacy, muitas pessoas negras se sentem pressionadas a se adequar a ideais eurocêntricos de beleza para serem aceitas em diferentes ambientes, o que gera uma carga imensa sobre sua autoestima e saúde mental. É essencial fomentar um diálogo mais amplo sobre aceitação, autoestima e a importância de reconhecer e celebrar a estética negra sem imposições.

A minha pergunta: Como podemos criar mais espaços que celebrem a diversidade e incentivem a aceitação estética sem que haja uma pressão para se conformar a padrões predominantes?

O que as pessoas podem fazer para abraçar sua identidade e estética natural enquanto desafiam as normas sociais de beleza?

A Arte Contemporânea (Semana B)

Acabei de ler um artigo que se chama “Por que odiamos a arte contemporânea”. Concentra-se nas frases comuns que dizem pessoas que veem a arte contemporânea como “O que diablos é isso? Isso é arte?” O artigo menciona que tradicionalmente pensamos na arte como pinturas lindas mas a arte contremporânea tenta fazer “statements” com objectos normais. Muitas pessoas não gostam de nada da arte abstrata e no passado eu pensava igual.

Faz muitos anos, quando eu não gostava da arte contemporânea, eu fiz uma brincadeira no museu de arte moderna em Nova Yorkie. Vi obras da arte muitos abstratas como cajas e latas no chão. Alguem poderia confundir obras assim com basura abondonada no chão. Eu pensei que todas essas obras eram ridículas e qualquer pessoa podia fazer algo parecido. Para provar minha teoria, eu pus minha zapato na equina e muitas pessoas tiraram fotos porque pensaram que era uma obra. Foi um dia muito engraçado para mim e meus amigos. Ao final, depois de estudar a arte um pocou mais, acho que o que fiz foi um pocou imaturo.     

Pergunta:

Como é que te faz sentir a arte contemporânea?

https://medium.com/cabine-literaria/por-que-odiamos-a-arte-contemporanea-f982e0d99eb1