Category Archives: Artes

Nação e arte

Gostaria de pensar nos três artigos desta semana sob o tema da nação. O primeiro artigo que li, de Ouro Preto, MG, é sobre o Dia do Cabelo Maluco e sua popularidade. Esse dia tem origem no Crazy Hair Day, dos Estados Unidos. A perspectiva do artigo celebra a nova data e dá recomendações de saúde. Além disso, inclui sugestões sobre produtos que não afetam o crescimento das crianças.

Pessoalmente, não tenho nada contra o dia. No entanto, as recomendações podem refletir ideias dominantes de gênero e também o que é aceitável e inaceitável na estética (o que é considerado “maluco” hoje pode ser normal no futuro). É algo normativo e hegemônico o ênfase dado no artigo sobre meninos versus meninas, além da presença repetitiva de pessoas brancas nas fotos.

Algo contextual é que as culturas estão sempre em processos de mudança, influência e também imitação. A expansão desse dia no Brasil reflete um pouco sobre o processo de americanização e um desejo de apropriar práticas culturais norte-americanas. A apropriação não é boa nem má. Mas estudar as estéticas que podem ser consideradas “malucas” pode nos permitir compreender aspectos da sociedade, já que rituais de subversão da ordem muitas vezes lembram as estruturas de poder existentes.

O artigo sobre o teatro em Portugal e na Europa é preocupante e se relaciona com a Colômbia, porque durante o governo de direita de Duque houve muita censura cultural, e a cultura foi usada apenas para promover o nacionalismo, um nacionalismo de “unidade” que tentou silenciar as tensões culturais como espaços de conversação política. Concordo com o artigo, que é crítico ao controle das instituições culturais pela extrema direita.

O artigo angolano, “Mestre dos Batuques,” é muito interessante porque propõe uma leitura da nação diferente da leitura oficial, onde todos compartilham o mesmo passado. A interpretação que o escritor José Eduardo Agualusa propõe reflete sobre a história angolana a partir daqueles que resistiram ao colonialismo português, especificamente o Reino de Bailundo. Para ele, é importante reconhecer que Angola é um país diverso, com muitas histórias, e que a literatura pode nos fazer reconhecer essa diversidade.

Uma questão que me pergunto é se fazer uma revisão da história pode nos levar a esquecer o impacto da colonização portuguesa, algo que pode ser controverso, tendo em conta que o escritor é um homem branco.

Perguntas:

  • Como a expansão de práticas culturais estrangeiras, como o Dia do Cabelo Maluco, reflete processos de americanização e influência cultural nas noções de nação e identidade no Brasil? Gosta dos processos de americanização no mundo?
  • De que maneira a literatura pode servir para reconhecer a diversidade de histórias nacionais em contraste com as narrativas oficiais unificadoras, e quais são os limites de uma revisão histórica em termos de memória colonial?

 

A Arte Política

É interessante que a semana sobre a arte siga a semana sobre a política; acho que dois dos artigos—o do Jornal Folha 8 e do Observador—mostram que a política e a arte são campos relacionados. A arte, desde o livro até o teatro, pode abordar temas políticos, como no exemplo do livro da história angolana. A história—que inclui quem pode contá-la e quais histórias são legítimas ou oficiais—sempre depende de relações de poder. No caso de “Mestre dos Batuques,” o autor José Eduardo Agualusa muda as datas da colonização da Angola, o qual seguramente seria polémico e poderia ter consequências políticas. No caso do artigo sobre a rede de teatros europeus, mostra que ainda que uma obra não trate diretamente um tema político, muitas instituições artísticas dependem dos fundos estatais. Sendo assim, os estados (e fundadores no geral) têm muita influência sobre o que arte se pode apresentar e o que não. Também, de acordo com o artigo, podem decidir quem segue trabalhando, e quem é despedido.

Perguntas

  1. Quais devem ser os limites de arte? Há temas que o arte não deve abordar?
  2. Se você doesse dinheiro a um teatro ou museu, queria decidir que arte exibem ou quem trabalha em ela?

O que é considerado “Arte”?

Eu gostei muito de ler estas notícias sobre os muitos tipos de arte. Isso me fez lembrar que o arte é como um grande guarda-chuva e que muitas categorias podem se encaixar nesse guarda-chuva. Quando penso em arte, a primeira coisa que vem à minha mente é um museu com pinturas, mas gosto de perceber que o arte não é somente uma pintura e que um artista não é somente um pintor. O arte existe ao nosso redor de muitas maneiras, e muitas vezes nem nos damos conta disso. 

Os artigos desta semana falaram de muitos tipos de arte, por exemplo o escritor Agualusa falou sobre seu livro que conta a história da colonização de Angola a sua maneira. Também, um artigo fala de como a política pode afetar de maneira negativa as criações artísticas e finalmente, meu favorito, o blog sobre o dia do cabelo maluco para as crianças, o qual também exige criatividade e pode ser considerado arte. Gosto do fato de as leituras expandirem minha visão do que significa a palavra arte.

  1. O que voce acha e algo que conecta todos os tipos de arte? O que algo tem que ter para ser considerado arte? 

Padrões de Beleza na Mídia

Os artigos desta semana foram divertidos de ler, e me fizeram pensar o que conta como arte. O artigo que mais me chamou a atenção foi o sobre o cabelo. Eu, por exemplo, nunca pensei em coisas como “Crazy Hair Day” como uma forma de arte, mas agora faz muito sentido, porque sim é uma forma de se expressar. Embora eu encontrasse um artigo um pouquinho problemático. A primeira coisa que notei foi que a maioria das crianças mostradas no artigo tem características eurocêntricas ou o cabelo liso. Isso não é representativo da grande variedade de texturas de cabelo que há no mundo. Para mim, é muito decepcionante que até nos artigos para coisas divertidas para as crianças, podemos ver os prejuicios e a exclusão. Por isso, acho que é importante criticar o artigo e trazer visibilidade a mais tipos de variedade no cabelo. Deveríamos assegurar a todas as crianças que qualquer textura de cabelo pode participar nesse dia divertido e que incluímos sugestões que concordam com isso. 

 

Como os padrões de beleza ocidentalizados podem ser prejudiciais?

Porque é importante expor as crianças a imagens e mídia que exibem mais diversidade?

O significado de trás da arte que criamos

A arte é algo muito importante para várias pessoas porque é um método que podem se expressar, podem mostrar as suas opiniões, ideias e emoções. A arte sempre foi usada para comentar sobre a sociedade e a criticar. A arte representa a resistência contra um governo autoritário, as opiniões do povo, a justaposição da vida da classe trabalhadora e a vida dos aristocratas; a arte significa muitas coisas para várias pessoas, mas para todas é um método para fazer que a sociedade ouça a sua voz. 

Estes artigos são muito relevantes a esta ideia sobre arte porque contam uma história sobre o significado da arte e como isso sempre foi importante para as artistas. Os artigos falam sobre como a arte, se está controlada como o governo tinha feito antes, podem causar uma censura na arte que controla o que os artistas podem falar do jeito em que eles criam. A arte nunca deveria ser controlada porque esse acto silencia as vozes dos artistas. Antes, os artistas lutaram e resistiram à censura usando símbolos para representar ideias em contra do que eles estavam forçados a fazer. Não importa o que aconteça, os artistas continuaram expressando os seus pensamentos e usando a sua arte como uma forma de resistência. 

Quais formas de arte você acha que são melhores para transmitir mensagens importantes, como a política? 

Você usa arte para se expressar?



Nacionalismo através dos teatros

O artigo desta semana “Rede de teatros europeus diz que avanço de extrema-direita ameaça liberdade de criação – Observador”foi extremamente interessante, mas ao mesmo tempo muito assustador. Neste artigo, o autor escreve sobre um movimento de extrema direita que está influenciando a Convenção Europeia de Teatros (ETC), a maior rede de teatros financiados pelo Estado na Europa. Acordando com o presidente desse grupo, funcionários do governo em países ao redor da Europa, incluindo Portugal, têm tomado ações em seus teatros que protegem o nacionalismo e representam um perigo para a liberdade de expressão. Ouvir sobre essa onda de comportamentos de direita não me surpreende. O que me surpreende é como extremas são algumas dessas partes, como o Partido da Liberdade na Áustria, originalmente fundado por ex-nazistas. Também fiquei surpreso ao aprender sobre os países envolvidos nessa onda, incluindo Portugal. Sempre considerei Portugal muito liberal e democrático; no entanto, de acordo com este artigo, isso pode não ser o caso. Finalmente, eu estou mais curioso sobre por que esses partidos de direita estão mirando nos teatros, o que me chega às minhas perguntas para discussão:

 

Qual é o papel dos teatros em nossa sociedade e política?  

Você acha que espalhar o nacionalismo através dos teatros é realmente possível?

As Consequências da Extrema Direita nas Artes

O artigo no jornal português Observador falou sobre os partidos políticos nacionalistas da extrema direita na Europa que estão restringindo as artes de teatro. Cláudia Belchior, a gerente da European Theater Convention (ETC), acredita que a demissão dos seus colegas em países como Alemanha, Itália e Áustria tem implicações mais sérias para a democracia. Concordo com a Cláudia que restringindo a liberdade de expressão e cortando o financiamento das artes, a menos que elas retratem uma certa opinião política, é muito perigoso. Fica ainda mais evidente que a cultura está sendo aproveitada em nossas sociedades quando existem partidos políticos, criados por ex-nazistas (FPÖ), chegando ao poder e restringindo a criação artística, o que, como Cláudia mencionou, “já foi utilizado no passado, não é novidade”. Restrições à expressão artística também são vistas fora da Europa, como aqui nos Estados Unidos, onde temos visto um aumento de políticos republicanos querendo restringir a literatura e a arte queer nas escolas, alegando que as crianças não deveriam ser expostas a esses livros na sala de aula ou nas livrarias.

  1. Quais são outras consequências da censura das artes que não foram mencionadas no post ou no artigo?
  2. Porque o teatro e outras formas de arte são tão importantes para um partido da direita controlar ou restringir?

Liberdade nas Artes

Achei que as leituras desta semana destacaram alguns eventos culturais recentes que refletem mudanças significativas na sociedade. Para começar, o “Dia do Cabelo Maluco” nas escolas infantis brasileiras se mostrou uma iniciativa divertida que celebra a criatividade e a liberdade de expressão entre as crianças. Essa tradição, inspirada no “Crazy Hair Day” americano, tem atraído bastante atenção nas redes sociais. Gostei de como o artigo fala sobre cabelos cacheados e quais produtos usar. Usar produtos ruins uma vez pode ter um efeito duradouro nos cabelos cacheados, então gosto de como foi inclusivo na discussão do que usar.

Por último, a rede de teatros europeus relatou como o avanço da extrema-direita representa uma ameaça à liberdade de criação na Europa. Despedimentos de artistas e mudanças no repertório em teatros financiados pelo governo são exemplos das interferências políticas que restringem a expressão cultural, criando um ambiente de censura e medo dentro do setor cultural. acho que definitivamente há coisas que deveriam ser censuradas na arte para certas idades, mas não deveria ficar nas mãos do governo ou dos artistas decidir. Deveria estar nas mãos dos pais.

Pergunatas:
Como a educação infantil pode integrar práticas de liberdade de expressão de maneira mais inocente?
De que forma a história alternativa pode contribuir para a compreensão de narrativas menos conhecidas?

Riscos para o Teatro

Meu artigo favorito desta semana foi o que fala sobre o European Theatre Convention ou ETC que está enfrentando problemas. Cláudia Belchior de Portugal, a presidenta, diz que em países como Itália, Polônia, e Áustria, todos países que têm visto crescimento dos partidos de extrema direita, estão despedindo actores por razões políticas. Claudia diz que muitos autores são despidoso por não ter “a linguagem nacionalista. ” Por exemplo, a nova líder de Itália, Meloni, apoiado pelo governo, disse que os diretores de museus, teatros, e outras instituições culturais deveriam ser italianos. 

ETC é uma organização que depende de fundos públicos, portanto o poder de Cláudia Belchior é limitado. Se Belchior não dirige seu teatro que exigem os partidos extremistas, podem substituí-la com alguém diferente ou negar fundos. Esta situação é parecida com a proibição de livros nos EUA. Em alguns estados, o governo exige que as escolas removam livros que explicam eventos vergonhosos da história americana. Em muitos casos as escolas não têm outra opção porque dependem do governo para receber fundos. 

Pergunta: O que faria você se fosse Cláudia Belchior?