Category Archives: Política

Relações Diplomáticas em Moçambique: Quais são os Benefícios?

Para o artigo desta semana, eu escolhi ler sobre as relações diplomáticas em Moçambique. Moçambique recentemente tem recebido muitas cartas credenciais de embaixadores de outros países, incluindo a República Dominicana (cuja embaixadora se chama Erika Rodrigues), e do Cazaquistão (que tem o embaixador Jerkin Akhizhanov). Essencialmente, isto significa que estes países vão ter representação em Moçambique e as suas ligações lá serão desenvolvidas. 

Acho que um país estabelecer relações com um outro país pode ser uma boa ideia para os dois. Com o apoio de outros governos, Moçambique pode crescer mais, ter mais acesso aos recursos que precisa, receber conselhos, e geralmente ter apoio que antes não tinha. Como o artigo afirma, estas relações devem ser cooperativas e enfocadas no desenvolvimento de ambos países. Sei que em Moçambique, por exemplo, o turismo é um mercado grande; na República Dominicana, a economia também depende do turismo. 

Eles podem ajudar porque tem áreas nos seus mercados que são similares. Esta amizade entre eles pode se apoiar com o turismo, agricultura, recursos minerais, telecomunicações, e muito mais. 

Perguntas:

  • O que seria um aspecto negativo de ter conexões com um governo de outro país?
  • Porque é que só agora outros países estão interessados em ter ligações com Moçambique? 

As eleições angolanas: uma promessa ou uma mentira?

Presidente João Lorenço representa o partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que sustenta o poder desde a independência angolana em 1975. Se escreve este artigo em resposta a umas declarações recentes do Presidente celebrando o crescimento económico de 4,3%, mas o autor não comparte o otimismo dele. O costo da vida segue altíssima, e noma à plataforma do MPLA como “Aprendam a viver sem comer” —um programa, nota com sarcasmo, que tem tido muito sucesso, “excluindo os que morrem”. Membros do partido União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o maior partido da oposição, protestaram as declarações com cartazes que exigiram, “Liberte os presos políticos”, “Presidente demita-se”, e “O povo quer autarquías”, entre outras demandas. “As autarquias” se referem às eleições autónomas que o partido MPLA e o Presidente João Lorenço tem prometido por muitos anos. Este artigo sustenta, entretanto, que é uma promessa vazia. Apesar do apoio geral das eleições autarquias, inclusive por parte da igreja católica de Angola, o autor opina que a ditadura —e as consequências económicas e políticas dela—vão seguir.

Perguntas

  1. O que deve ser o papel dos jornalistas durante uma ditadura? É importante sustentar uma “objetividade” ou é importante nomear as mentiras do presidente-general?
  2. Opinam que este artigo é propaganda? Por que?

Melhores processos de triagem para as pessoas com poder político

No estado de Minas Gerais, um secretário de educação foi exonerado depois de acusaoẽs de assédio sexual. O ex-secretário teve documentos e computadores que foram apreendidos pela Polícia Civil que está investigando estas acusações. A investigação causou a sua exoneração depois de confirmar os testemunhos de adolescentes que foram assediados. Este artigo ainda não tem toda a informação sobre este caso porque ainda aguarda mais informação de Fernandez mesmo, o ex-secretário de educação. 

Acho que tudo isso revela uma verdade chocante que muitas das pessoas com poder, seja isso poder político ou qualquer outra forma de poder/influência, são envolvidos em muitos escândalos; e nem sempre são punidos pelas suas ações. Acho que isso também revela que precisamos ser mais cautelosos com as pessoas que nós elegemos. O processo de triagem deveria ser melhorado para proteger as pessoas usando mais métodos para não correr este risco no futuro.  Sei que mesmo com um processo de triagem melhorado ainda temos este problema de corrupção. 

Quais são alguns métodos para melhorar o processo de triagem?

Como podemos proteger e criar um espaço seguro para as vítimas de assédio?



O Benefício da Imigração em Macau

Oi gente! Para esta semana escolhi um artigo do Jornal Tribuna de Macau sobre como a imigração pode recuperar as empresas pequenas, incluindo lojas e escritórios vagos em Macau. O deputado Zheng Anting apresentou na Assembleia Legislativa sobre os fechamentos das empresas pequenas e sugeriu que a promoção da imigração pode atrair investimentos relevantes ao território. Escolhi este artigo porque é um contraste às mensagens políticas que estão sendo espalhadas nos Estados Unidos durante a temporada de uma eleição presidencial. A gente não pode assistir um vídeo no Youtube sem uma propaganda da eleição aparecendo na tela, e muitas das vezes é sobre a imigração. Se é uma propaganda em apoio de Donald Trump, com certeza vai ouvir frases como “Border Czar” ou que os imigrantes estão “roubando seus empregos!” Além dos Estados Unidos, as políticas xenófobas estão aumentando nos partidos conservadores de vários países, incluindo a Grã-Bretanha. Encontrar este artigo sobre como a imigração de estrangeiros pode melhorar e não piorar a qualidade de vida foi um achado raro mas muito satisfatório.

  1. Quantas propagandas você assiste a cada dia?
  2. A maioria das propagandas que você assiste são a favor da imigração ou contra?

 

 

O meio ambiente e a política

Meu artigo desta semana se chama “Lula envia ao Congresso projeto de lei que endurece penas para crimes ambientais” e fala sobre como o Presidente Lula está tomando ação para combater os crimes ambientais. Este ano, o país sofreu de muitos incêndios florestais que devastaram  mais de 22 milhões de hectares no país entre janeiro e setembro. Esses incêndios causam muitos danos à biodiversidade e também afetam negativamente a economia e a saúde das pessoas (como já falamos há algumas semanas). Na verdade, esses incêndios e catástrofes climáticas são algo muito preocupante que nos afeta a todos, não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Acredito que os políticos têm muito poder e muitas vezes não o usam para ajudar em coisas importantes como por exemplo catástrofes climáticas. Nesse caso, fico mais tranquila de que o Presidente esteja fazendo algo, mesmo que pequeno, para ajudar a reduzir os incêndios e proteger o meio ambiente no Brasil. Eu gostaria de saber se estas leis vão fazer um cambio significativo para o futuro de nosso planeta ou se precisamos de outras medidas também. 

https://www.em.com.br/internacional/2024/10/6965706-lula-envia-ao-congresso-projeto-de-lei-que-endurece-penas-para-crimes-ambientais.html 

  1. Você acha que leis mais duras são suficientes para combater crimes ambientais? 
  2. Qual é o papel da população em apoiar políticas ambientais como esta?

Movimento Indígena

Movimento indígena reprova indicações para conciliação no STF

Olá pessoal! Neste artigo, é abordada a polêmica sobre as indicações para conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) com relação ao agenda indígena. O movimento indígena se manifestou contra essas indicações, reclamando que elas favorecem a conciliação e não a garantia dos direitos constitucionais indígenas, o que pode prejudicar as comunidades tradicionais e suas terras.

Acho que, como sociedade, muitas vezes não levamos em conta o impacto de decisões políticas sobre populações vulneráveis, especialmente os povos indígenas, que historicamente enfrentam lutas por reconhecimento e pela proteção de suas terras e culturas. A conciliação proposta pode parecer uma solução pacífica, mas, na prática, pode acabar diluindo os direitos desses povos e colocando em risco suas formas de vida.

Precisamos de uma discussão mais profunda sobre como o sistema jurídico pode ser mais justo e garantir a preservação dos direitos constitucionais dos povos indígenas, ao invés de buscar sempre um meio-termo que favorece o avanço de interesses econômicos e políticos. A minha pergunta: Como podemos equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação dos direitos e territórios indígenas?

O que o governo pode fazer para garantir que os direitos indígenas sejam respeitados sem que haja necessidade de recorrer a conciliações que podem prejudicá-los?

Silêncio cíclico nos apagãos no Sul Global

“Compreendo a globalização como uma luz brilhando cada vez mais intensamente em poucas pessoas, enquanto os demais permanecem na escuridão, varridos para fora. Eles simplesmente não podem ser vistos. Quando você se acostuma a não ver algo, depois, lentamente, já não é possível enxergá-lo.”

— Arundhati Roy

Leio a Folha de São Paulo com um sentimento de frustração em relação ao silêncio cíclico dos meios internacionais, incluindo a Colômbia, sobre a distribuição dos riscos e crises entre o Sul Global e o Norte Global. E sobre o fato de que mais pessoas no estado de São Paulo perderam a eletricidade durante a tempestade do que na Flórida, devido ao furacão: 2,1 milhões versus 1,5 milhões. A citação de Arundhati Roy é muito relevante para reconhecer o silêncio repetido diante de crises graves, como a crise amazônica.

Meu artigo se chama “Aneel diz que reação da Enel ao apagão foi abaixo da adequada e cobra mais funcionários.” A Aneel é a Agência Nacional de Energia Elétrica, e a Enel é uma gigante energética italiana, a maior multinacional do setor elétrico na América Latina, África e Europa.

O artigo narra a inépcia e irresponsabilidade da Enel em reconectar a eletricidade de forma rápida, e sua falta de uma resposta pronta (pois a terceirização da Enel transforma a logística em um labirinto de responsabilidades). As autoridades de controle dizem que com a Enel tudo é mais lento, e as pessoas no Twitter culpam a privatização ocorrida em 2018, uma privatização relacionada também com políticas de direita contrárias ao poder sindical nas empresas públicas. A Folha não aprofunda em uma análise sobre a infraestrutura ou a Enel, mas eu sei — com base na minha pesquisa de doutorado que dialoga com esses temas — que, na Colômbia e no Chile, a Enel aumentou os custos da energia após as privatizações, e mais pessoas ficam sem luz e sem respostas quando ocorrem catástrofes naturais.

Outro tema é que as tempestades são problemas cíclicos. Todos os anos, São Paulo enfrenta esses problemas. Mas com o aquecimento global, tudo piora.

Minhas perguntas:

Você acha que os mercados e as lógicas de lucro oferecem soluções para os problemas ambientais ou os mercados são causadores desses problemas?

O que você pensa sobre as privatizações dos serviços públicos em lugares como Porto Rico ou São Paulo?

Complicando o legado de Amílcar Cabral

O artigo sobre “O Cabralismo e suas consequências” oferece uma janela interessante no legado e na memoria não só de Amílcar Cabral, mas também do movimento de descolonização no século XXI. O autor, José Fortes Lopes, não cita Cabral diretamente; os leitores aprendem de suas políticas, história e influencia pelas representações do Fortes Lopes. Um líder das forças descolonizadoras em Guiné-Bissau e Cabo Verde, Cabral era, de acordo com Fortes Lopes, um marxista-leninista que adotou as teorias socialistas para o contexto africano. Em 2023, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, “homenageou AC (Amílcar Cabral) e concedeu-lhe a Ordem da Liberdade,” por sua influência libertadora tanto nas colônias como o Portugal salazarista. Este honor indica que para muitas pessoas, Cabral segue um herói da independência e da liberdade.

Entretanto, Fortes Lopes indica que as políticas de Cabral, as que ele se chama “o cabralismo,” deixaram conflito e desigualdades nas ex-colônias portuguesas de Guiné-Bissau e Cabo Verde. Insiste que os problemas de corrupção e conflito armado em Guiné-Bissau, e os problemas de desenvolvimento desigual em Cabo Verde, são resultados da teoria de governança centralizada cabralista. As ideias socialistas e do governo centralizado, Fortes Lopes argumenta, seguem afetando os governos atuais dos países e limitam as possibilidades da democracia em Guiné-Bissau, e uma economia justa no Cabo Verde. É por isso, se entende, que Fortes Lopes intitula o artigo “O Cabralismo e suas consequências;” para ele, a memória de Cabral deve-se complicar, além do título de herói descolonizador e libertador.

Perguntas:

  1. Entende você o que é o “Cabralismo”? Carece de uma definição clara no artigo – fala-se das influências do marxismo, o leninismo, o pan-africanismo, mas estes términos também carecem de definições. Como se definiria o término você? Ou que informação queria para definir o término?
  2. É justo culpar aos problemas atuais destes países no Cabralismo? Por que?

Crescimento econômico, importante?

Os artigos desta semana tinham temas variados. No artigo da Folha de São Paulo sobre o Brasil, mencionava-se o polêmico candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, que inventou uma fake news sobre Guilherme Boulos, o candidato da esquerda. A notícia envolvia um falso documento hospitalar que alegava o uso de cocaína por parte de Boulos, o que era não apenas uma mentira, mas também uma estigmatização das pessoas que usam substâncias, desviando assim a discussão política dos reais problemas de São Paulo. Acho que quem escreveu o artigo deixou de aprofundar nos impactos das mentiras a longo prazo e na estigmatização histórica da esquerda no Brasil (da qual há uma ditadura no record). Por outro lado, Boulos chegou ao segundo turno e vai competir contra o MBP.

O artigo sobre Angola tratava do interesse dos Estados Unidos e de Joe Biden em fortalecer as relações econômicas com o país, com uma perspectiva jornalística muito centrada em ideias de crescimento econômico e mineração, recursos, sem mencionar as condições dos trabalhadores do setor e as crises naturais. O texto dava ênfase à tensão entre países europeus e os Estados Unidos, por um lado, e a China, por outro, no contexto do monopólio sobre os minerais. Isso me fez pensar nos celulares e nas cidades onde vivemos, que existem graças aos minerais extraídos de terras como as da África e da Colômbia.

O terceiro artigo era sobre Amílcar Cabral, um pensador revolucionário e pan-africanista muito interessante. O jornalista criticava seu legado, afirmando que Cabral representava o centralismo ditatorial que impede o avanço do regionalismo no arquipélago de Cabo Verde. Acho que este artigo reproduzia muitos binarismos um tanto enganosos sobre o Ocidente como democracia, liberdade e crescimento econômico, em oposição ao socialismo, visto como algo fora do Ocidente e necessariamente ditatorial e autoritário. Sinto que ele reproduzia ideias vagas sobre a vida social, como se fosse apenas uma questão econômica de crescimento nacional e eleições, e sobre a África, vista como um continente com déficit ocidental. Havia pouco foco em como a Europa e os Estados Unidos prejudicaram a África.

Perguntas:

  • Por que as mentiras são tão frequentes nas campanhas políticas, e como é possível combatê-las?
  • O que acha de concentrar o debate político na ideia de crescimento econômico? Não deveríamos incluir também discussões sobre distribuição de riqueza?

Política: Semana A: E.U.A e Angola

Política: Semana A

Depois de ler os três artigos, acho que o que me interessou mais foi o que se chama “A Des(propósito da visita de Biden.” O artigo fala sobre o fato que E.U.A se tornou um aliado de Angola porque “Veêm os Estados Unidos da America como uma grande democracia” com direitos que protegem os direitos individuais. Ironicamente, muitos desses direitos são negados em Angola segundo o artigo. Embora o E.U.A e Angola não partilham sistemas que protegem coisas como liberdade da imprensa, os dois países têm-se acercado muito recentemente.

 O junho passado, Luanda acolheu o 17 cimeira de Negócios Estados Unidos da América-África. O artigo fala que no principio da década 20, África foi colocada como campo de conflito de interesses. A guerra da Russia em Ucrânia é uma das razões porque países como os Estados Unidos pretende expandir sua influencia no continente. Devido a que Angola seria um aliado poderoso para o E.U.A, a casa branca invitou a presidente João Lourenço de Angola. 

Pergunta para a aula: Enquanto as relações entre  E.U.A  e Rússia se tornam pior, você acha que é inevitável que mais países tenham que escolher um lado/fortalecer relações com um dos potenciais mundiais?