Category Archives: Saúde

A saúde mental dos venezuelanos

A saúde não é somente doenças do corpo físico, é holística. Nossa saúde pode ser afetada de muitas formas, e a saúde mental é uma delas. Muitas pessoas sofrem traumas, depressão e ansiedade que afetam gravemente sua saúde mental. Esse é um tema que precisa de muita atenção e seriedade, e de ajuda profissional— assim como acontece com as doenças do corpo. 

Por exemplo, esta notícia fala da situação política na Venezuela e o turbilhão de sentimentos de venezuelanos quando o CNE anunciou Maduro como o ganhador das eleições, sem publicar as atas eleitorais. Isto desatou muitos protestos nas ruas porque as pessoas ficaram muito frustradas e com raiva de estar sob uma ditadura por mais de 25 anos. Mas, as manifestações foram reprimidas pela violenta repressão do governo no país e 2.220 manifestantes foram presos. 

Muitos psiquiatras e psicólogos ficam preocupados pela saúde mental dos venezuelanos já que 20% dos entrevistados ficam com níveis altos de ansiedade e depressão, 37% têm medo coletivo e 89% desconfiam do outro.  “As pessoas estão muito ansiosas, o que causa problemas como não dormir, pressão alta, enxaqueca, dores gástricas”.

Isso comprova o fato de que sob estresse e ansiedade, nesse caso como resultado de uma ditadura, de uma eleição roubada e de alta repressão e violência, as pessoas correm um grande risco de ter sua saúde afetada. O excesso de ansiedade pode causar problemas de saúde de longo prazo e até afetar órgãos, pois a mente e o corpo estão super conectados. 

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/09/29/crise-politica-e-repressao-afetam-a-saude-mental-dos-venezuelanos.ghtml

  • Em que formas estão conectadas a saúde mental e física, especialmente em situações de estresse crônico?
  • Como a exposição prolongada à instabilidade política e à violência afeta a saúde mental das pessoas, e quais podem ser as consequências a longo prazo para as pessoas nessas condições?

 

 

A contaminação nuclear no estado de Goiânia

O futuro é uma coisa rara, particularmente quando o mundo e a vida foram afetados por uma crise nuclear.

Para esta semana, eu tinha muita curiosidade sobre uma notícia brasileira que aprendi recentemente, lendo literatura boliviana de Liliana Colanzi, num livro de relatos com o nome “Ustedes brillan en lo oscuro” (2022). Acho que muitos não conhecem issa história.

É  sobre o futuro e sobre o passado. Também, sobre as reclamações e as frustrações no presente de muitas pessoas expostas, trinta anos atrás, à contaminação nuclear no estado de Goiânia.

A notícia que li vem do “Globo” e é um estudo muito interessante. O artigo registra as ramificações do acidente radiológico de Goiânia. Tem uma pesquisa que segue no tempo a história das vítimas e dos descendentes das vítimas, traçando coisas como acesso à saúde, responsabilidades, custos de remédios, sintomas do corpo, doenças e temas como reparações econômicas.

O enfoque do artigo é uma análise sobre a situação das vítimas trinta anos depois. Penso que muitas vezes as melhores investigações requerem tempo, em vez de concluírem com imediatismo. O tempo ajuda a entender melhor.

O acidente radiológico de Goiânia aconteceu em 1987, um ano depois de Chernobyl, em 1986, três depois do desastre de Bhopal, em 1984, e oito anos após o acidente nuclear de Three Mile Island, em 1979.

Em resumo, o que aconteceu foi que “dois catadores de material reciclável encontraram um aparelho em um prédio abandonado, que já havia sido uma clínica de radiologia. A dupla vendeu o objeto para um ferro-velho, onde a cápsula foi aberta, e o césio-137, um pó azul brilhante, acabou exposto” e milhares de pessoas foram expostas por uma terrível administração dos desfechos nucleares.

Perguntas:

Você sabia da história desse acidente e por que acha que sabemos pouco sobre essa história?

O que você acha da palavra “acidente” quando se fala de histórias como essa de impactos em muitas gerações?

Link:

https://g1.globo.com/goias/cesio30anos/noticia/apos-30-anos-vitimas-do-acidente-com-cesio-137-dizem-sofrer-com-a-falta-de-apoios-medico-e-financeiro-em-goiania.ghtml

Saúde Mental e Suicídio em Angola

Edições Novembro promove marcha contra o suicídio

Oi gente! Para essa semana escolhi um artigo no Jornal de Angola que contém temas sobre saúde mental e suicídio no pais de Angola. O país tem um rácio de 2,48 médicos por cada 10 mil habitantes, segundo o anuário sanitário de Angola 2021. A falta de médicos em Angola apresenta problemas de saúde física para a população, mas também para a saúde mental. Antes de ler o artigo, não tive a menor ideia que o suicídio vai aumentando nas populações jovens de Angola, especialmente em Luanda. A igreja evangélica também juntou a luta contra o suicídio, sugerindo que a causa por tantas mortes é que os núcleos familiares estão piorandos e que os jovens não conhecem a palavra de Deus. Na minha opinião é bom ter o apoio das instituições culturais e religiosas para combater problemas da saúde mental, porque muitas vezes não são reconhecidos como problemas legítimos da saúde pública se não tem esse apoio. Acho que a marcha comemorando o “Setembro Amarelo”, que começou no Brasil em 2015, é uma boa estratégia para produzir mais publicidade sobre o problema e para lutar contra os estigmas do suicídio e depressão. 

 

1. Em suas palavras, descreve se a Igreja Evangélica está ajudando a resolver o problema de suicídio em Angola ou se está impactando a luta negativamente.

2. Quais outros fatores levam as pessoas a tirarem sua própria vida que não menciona o artigo?

Os Médicos e Os Maus-Tratos aos Cadáveres Humanos

Um artigo que me chamou a atenção para a discussão desta semana era sobre uma técnica chamada “ Fresh Frozen.” Essencialmente, a técnica é o uso dos cadáveres humanos congelados para que os médicos possam praticar suas habilidades numa forma mais semelhante à que encontraram com os pacientes vivos. 

Para mim, fiquei com shock porque nunca ouvi desta técnica antes. Honestamente, não gosto da ideia que os profissionais estão se aproveitando de corpos para praticar. Claro, quero que os médicos tenham um treinamento de qualidade, mas acho que há outras alternativas, especialmente porque não sabemos de onde esses corpos vieram ou se foram roubados, se as famílias deram autorização para usar os corpos. Percebi esta situação como uma violação ética dos corpos muito grande. Também me assustou que estos corpos eram das pessoas que iam receber a pena de morte nos Estados Unidos, porque se isso é verdade, seus estão sendo aproveitados e isso é absolutamente horrível. 

Penso que o autor fez um bom trabalho falando sobre a percepção desta prática e os argumentos dos dois lados, mas acho que ele deveria ter escolhido exemplos mais concretos destas técnicas. Por exemplo, no artigo, só falou sobre um exemplo desta prática, e sonaba mas como rumores em vez de fatos (porque sua fonte era uma pessoa na família da pessoa que supostamente usava corpos dos Estados Unidos para treinarse).

Acha que o uso dos corpos (especialmente se não sabemos se eles aprovaram ser doadores de órgãos) é ético?

Quais são algumas alternativas para os médicos praticarem e melhorarem suas habilidades?

 

Saúde Mental no Uruguai

Meu artigo se chama “Saúde mental no Uruguai.” Segundo a Organização Mundial da Saúde, Uruguai tem uma taxa alta de ruim saúde mental. Uma de cada quatro pessoas no Uruguai vai sofrer de um transtorno mental pelo menos uma vez durante sua vida. Diz que um dos obstáculos é o fato que a saúde mental não recebe tanta atenção quanto a saúde física. A pandemia de 2020 criou uma crise de problemas mentais como a depressão e a ansiedade. 

O isolamento e os mortos da pandemia deixou cicatrizes na população uruguaia. Para lutar contra a tendência preocupante, o governo permitiu mais telemedicina e o atendimento remoto, os dois são formas de receber ajuda rapidamente. Uruguai tem um sistema de saúde pública e qualquer pessoa consegue receber atenção médica sem considerar seus ingressos. Mas, o sistema não abrange recursos da saúde mental. Outra forma de abordar o problema seria ensinar a importância da saúde mental nas escolas. Isso criaria uma sociedade que reconheça que atualmente os recursos da saúde mental são escassos.

Pergunta: Os sistemas de saúde públicos deveriam abranger recursos da saúde mental?

 

(24 Setembro 2024 Terça-feira). Saúde mental no Uruguai. CE Noticias Financieras Portuguese. https://advance-lexis-com.proxy.library.emory.edu/api/document?collection=news&id=urn%3acontentItem%3a6D20-4F71-DYY9-047T-00000-00&context=1519360&identityprofileid=N625J851341.



Câncer de Mama

Uma em cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama, diz especialista

Olá pessoal! No artigo, o câncer de mama é discutido como um dos maiores desafios para a saúde das mulheres, com uma em cada oito mulheres podendo desenvolver a doença ao longo da vida. Especialistas como Artur Katz e Fernanda Barbosa enfatizam a importância da prevenção, destacando que apenas 5 a 10% dos casos são hereditários, enquanto a maioria não tem uma causa identificada. Assim, adotar hábitos saudáveis e realizar mamografias anuais a partir dos 40 anos são práticas recomendadas para a detecção precoce.

Achei interessante a mudança dos métodos de diognistar, priorizando a mamografia em vez do autoexame, já que a primeira pode identificar lesões não palpáveis. Isso reforça a importância de campanhas educativas sobre a doença, eliminando a ideia que o autoexame como única forma de prevenção.

Outro ponto relevante é o tratamento individualizado, considerando o tipo e estágio do câncer. As opções variam de cirurgia a terapias medicamentosas, mostrando que cada caso deve ser tratado de forma única. É importante lembrar que o estigma em torno do câncer de mama pode afetar a aceitação do tratamento. Fornecer suporte emocional são fundamentais para melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Perguntas:
Como podemos aumentar o acesso ao diagnóstico precoce para reduzir a mortalidade?
Quais são as melhores maneiras de apoiar pessoas que têm câncer?

Os medicamentos ou o exercício, qual é melhor para o bem-estar mental?

Depressão e outras condições de saúde mental são muito importantes para discutir, especialmente já que elas são tabus. As pessoas não querem falar sobre a saúde mental e criar uma conotação negativa com ela. Essa conotação negativa que as pessoas trazem; faz que não é possível que as pessoas possam falar sobre a sua condição de saúde mental, o que eles não podem procurar ajuda. Numa sociedade onde uma pessoa não possa procurar ajuda para uma doença faz que os níveis de depressão e ansiedade aumentem; que é o que o artigo que escolhi afirma. O artigo também disse que atualmente, o exercício é 1,5 mais eficaz do que os medicamentos para condições como a depressão. Isso é muito importante porque não só deixa as pessoas melhorar a depressão sem a estigma de tomar medicamentos, mas também o exercício é bom para a saúde física também. O artigo acredita que o exercício não só reduz a ansiedade e depressão, mas também melhora a qualidade de sono, mantém o peso corporal e propicia longevidade. Em geral, o exercício é algo acessível para muitas pessoas e tem muitos benefícios para a saúde física e mental.

Como podemos normalizar a discussão sobre a saúde mental?

Se o exercício é bom para a saúde física e mental, porque é tão difícil fazer as pessoas fazerem exercícios?



Orgãos, doar ou não doar?

Acordando com um artigo da Folha de São Paulo, o principal motivo para a não efetivação de transplantes de órgãos é a recusa familiar. A fila de espera por um transplante no Brasil conta com 44.626 pacientes, e a cada 14 pessoas que podem doar, apenas quatro se tornam doadoras. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2019 a 2023, a família é apontada como o maior obstáculo. Havia esforços da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, e quando as famílias são questionadas com a pergunta “E se seu filho, marido, ou pai precisasse de um doador, você falaria sobre doar órgãos?”, as respostas costumam ser mais receptivas. Porém, a minha pergunta é: esses esforços são suficientes? Eu acho que não. Órgãos podem salvar vidas e, sim, as pessoas têm o direito sobre seu corpo, mesmo após a morte. Mas, existem outras ideias que possam motivar as famílias ou as pessoas a doarem seus órgãos? Talvez um incentivo financeiro para quem promete doar seus órgãos antes da morte? É difícil para as famílias falarem sobre os órgãos de um ente querido, por isso, ter um plano antes da morte é necessário.

 

Minhas perguntas são:

  1. Você acha que é egoísta uma pessoa não doar seus órgãos após a morte (excluindo razões religiosas)? 
  2. Você acha que é apropriado a família decidir o que fazer com os órgãos de outra pessoa?

 

Patrícia Pasquini. (27 Setembro 2024 Sexta-feira). Recusa familiar é o principal motivo para não efetivação de transplantes de órgãos, diz Ministério da Saúde. Folha de Sao Paulo, Brazil. https://advance-lexis-com.proxy.library.emory.edu/api/document?collection=news&id=urn%3acontentItem%3a6D2M-2011-DYY9-00PX-00000-00&context=1519360&identityprofileid=N625J851341.

O Aborto Legal e a Saúde Mental

Foi interessante: eu pesquisei “aborto” e “mifepristona” em vários jornais, e na maioria, ou nada saiu, ou quase todos os artigos enfocaram no debate presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump. Foi um pouco difícil encontrar um artigo que enfocasse num lugar lusófono. Ao final, encontrei este artigo sobre uma mulher que ganhou o direito a um aborto após duma batalha legal. Quando ela estava com 22 semanas de gravidez, os médicos dela a disseram que o feto não sobreviverá após o nascimento. No Brasil, o aborto é legal só baixo de três condições: “se o feto for anencéfalo (com má formação no desenvolvimento do bebê), se a gravidez for fruto de estupro, ou se a gravidez impuser risco de vida para a mãe.” Além disso, ela teve que provar que o feto não tinha possibilidades de viver em frente dum juiz. Pelos tramites judiciais, o procedimento foi atrasado muito tempo, e ela sofreu “angústia, medo e dor.” Ao final, ela ganhou o direito ao aborto porque a Segunda Câmara judicial considerou que a terceira condição do aborto legal—a que protege a saúde da gestante—inclue a saúde mental. A angústia que ela sentia então, lhe regalou a ela o direito ao aborto.

 

Perguntas:

 

  1. Se a saúde mental da gestante importa, porque as pessoas que estão gravidas não sempre têm o direito ao aborto? É dizer, se alguém sente angústia por dar à luz, porque esta situação não se considera uma razão para um aborto legal?
  2. Deve o aborto ser parte da saúde pública? Por que?

Poluição nos Sistemas de Saúde, nas Florestas, e nas Diretrizes de Saúde

Nos artigos que lemos esta semana, cobrimos muitos tópicos em relação à saúde no Brasil, em Angola, e na Guiné Bissau. 

Com o artigo sobre o Brasil, não sabia que tinha tantas queimadas florestais, y que isso tristemente pode causar aumentos nos casos de câncer. Também sempre acho que é interessante que nos preocupamos muito sobre coisas com causes ‘naturais,’ como os incêndios florestais, mas não abordamos à poluição causada pelas pessoas. Claro, a fumaça feita pelos incêndios é muito prejudicial, mas acho que também deveríamos nos concentrar nas coisas que sim podemos controlar, como a poluição. Além disso, acho que outro artigo que li faz um mês falou sobre como os aumentos nos incêndios florestais provavelmente são causados pela poluição os humanos fazem.  

Apreciei também de ler sobre a Mpox, porque podia ver as reações e percepções das pessoas sobre a Mpox. Eles confiam nos seus mercados, e acham que a carne de caça que vendem é seguro consumir. Embora os governos ou as pessoas estejam preocupadas, eles mostraram que têm suas próprias formas de proteger-se e de assegurar que sua carne está bom para comer.  E finalmente, achei que era muito preocupante ver que tantos médicos eram surpreendidos na Guiné Bissau. Não sei se é aplicativo à Guiné, mas sei que nos Estados Unidos, há uma escassez de cuidados de saúde muito grande. Fiquei com choque que tantos médicos eram prevenidos de formar e acho que é muito injusto. Espero que consigam encontrar uma solução muito rápido para todo eles, porque ter uma falta de assistência médica podria ser horrível para o povo. 

Você acha que, às vezes, o povo sabe proteger-se das doenças melhor que o governo/epicentros de saúde?

 O que poderia ser as repercussões de suspender tantos medicos? Como poderia impactar ao povo?