A luta das mulheres pelos direitos de saúde menstrual

No contexto desta semana centrada sobre a saúde, eu escolhei um artigo relacionado com a saúde das mulheres, e mais precisamente sobre a saúde menstrual.

O assunto deste texto é particularmente relevante pra mim enquanto mulher mas também porque foi um dos grandes debates no início do ano 2021 na França, meu país, e segui atentamente o resultado deste desafio. 

No Brasil, a deputada Marília Arraes foi à origem da criação dum projeto, emitido pelo programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, que previa a introdução de absorventes íntimos gratuitos pelas estudantes e mulheres em situações de alta precariedade.

A realização do empreendimento foi, porém, impedida por causa do veto do presidente Jair Bolsonaro, motivado, ao que parece, por razões de fontes pelas despesas associadas. As justificações do presidente quanto a esta recusa são, no entanto, em oposição com as previsões financiarias de M. Arraes mas também com a oferta do Congresso de trabalhar para encontrar “soluções de cunho fiscal”. Pelo momento o projeto está ainda suspenso e estamos a esperar pela decisão do senado de derrubar, o não, o veto de Bolsonaro.

Este tema da saúde menstrual é um daquele que concerna todas as mulheres através o mundo e que é também um dos menos suportados às vezes por que é considerado “normal” que as mulheres tem menstruações cada mês. Todavia, muitas mulheres não conseguem aceder as proteções higiênicas por motivos pecuniários, e têm de recorrer às soluções totalmente inaceitáveis pela boa saúde delas, como atesta esta referencia no artigo: “São impressionantes as histórias de proteção com papel de jornal e miolo de pão por adolescentes e mulheres”. 

Eu conheço várias amigas, estudantes na França, que têm sofrido deste problema e foi só este ano que o governo criou um acesso a absorventes gratuitos pelas estudantes no país. Eu acredito que a luta das mulheres pela saúde das mulheres é uma questão tão relevante e importante que não podemos renunciar à igualdade coletiva, e espero que o mundo continua de defender os direitos das mulheres neste âmbito.

Perguntas:

  • Quais sāo pra vocês direitos fundamentais coletivos relativamente à saúde ?
  • Vocês tinham já sentido falar sobre este assunto ? O que é que acham ?

Artigo: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2021/10/apos-veto-de-bolsonaro-governo-diz-que-vai-viabilizar-distribuicao-gratuita-de-absorventes-ckujxwpdy002901irw7i0gtpu.html

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3 Responses to A luta das mulheres pelos direitos de saúde menstrual

  1. Abraham Arevalo says:

    Eu fui informado sobre esta questão por causa de notícias recentes. A Califórnia vai exigir que as escolas públicas ofereçam produtos menstruais gratuitos a partir do próximo ano escolar. Pessoalmente, eu nem tinha pensado em um assunto como este antes, já que não é algo com o qual eu tenha que lidar. É por isso que é tão importante ter representação igualitária no governo e não ter homens criando legislação sobre os corpos das mulheres. É bom ver que a Califórnia está reconhecendo o acesso a produtos menstruais como um direito humano básico e espero que o veto de Bolsonaro seja derrubado.

  2. Elba Garcia says:

    Oi Elise, obrigada pela sua postagem. O tema da saúde menstrual há sido menos estigmatizado nos últimos anos e a porta foi aberta para mais discussões. Graças a estás discussões, eu tive mais oportunidade de falar abertamente com os homens sobre esta experiência. As dificuldades de muitas mulheres pelo mundo é muito serio e eu penso que falando sobre isto é uma forma de trazer consciência sobre a menstruação, uma experiência física que só a metade do mundo sabe como é. Obviamente, uma pessoa não pode controlar como e quando o processo acontece e ,o mais importante, é que algo natural. Por tanto, as políticas deveriam refletir estas necesidades que também inclui outros temas da licença maternidade, a gravidez no trabalho, e o pagamento igual no trabalho.

  3. Ulia Ahn says:

    Muito obrigada pela sua perspetiva, Elise. Eu gostei muito deste tópico porque não me dei conta que os outros países também tem que arreglar a saúde menstrual. É interessante porque o estado da Califórnia vai implementar grátis tampões e pads nas escolas para os estudantes jovens. Mas há impostos em outros estados para os pads e produtos menstruais que são mais caros do que outros produtos “opcionais” como barbeadores. Vamos ver se outros estados vão decidir se eles vão fazer o mesmo para os jovens…

    Também nesta circunstância que você buscou, envolve um homem em poder que está decidindo que não é tão importante para ele dar atenção a este luto para fornecer grátis produtos para as mulheres. Eu não entendo porque estes tópicos são “controversos” quando sem as coisas como tampões ou pads as mulheres (tipicamente elas quem têm menos recursos) enfrentam mais obstáculos para viver “normal” como assistir a escola ou trabalho. É uma forma de discriminação de gênero que é menos obvio na minha opinão.

    O artigo sobre Califórnia:
    https://www.npr.org/2021/09/10/1035969706/california-pads-tampons-menstruation-schools
    Informação para o Pink Tax:
    http://www.pink.tax/pink-tax-faq

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