Eu diria que o tema geral dos três artigos para esta semana é o papel de todos no processo de votação. Por exemplo, o primeiro artigo fala sobre o número de cabo-verdianos que estão inscritos para votar nas eleições presidenciais. Acho interessante que aquelas pessoas que moram na diáspora do país também possam votar. Esse artigo obviamente mostra a importância do público nas eleições. É importante que todos os cidadãos estejam inscritos para que possam participar. Porém, como vemos no segundo artigo, há outros grupos envolvidos no processo de votação também. O texto oferece um exemplo do que deve fazer o governo federal nas eleições. O Tribunal Superior Eleitoral criou um grupo de especialistas para realizar testes de segurança das urnas eletrônicas. O papel do governo neste caso e em geral é “fortalecer a confiabilidade, transparência e segurança do processo eleitoral”. Se o governo puder alcançar esse objetivo, o público vai confiar no processo e nos resultados da eleição. Semelhante ao artigo de Cabo Verde, o terceiro artigo destaca a importância dos votantes, mas com uma perspectiva diferente porque neste exemplo, a taxa de abstenção é muito alta. Isso quer dizer que as pessoas decidiram não votar. Alguns líderes políticos como António Filipe dizem que essa taxa não é algo novo e pode ser justificada pela pandemia. Contudo, outros como José Gusmão argumentam que a taxa crescente é séria e merece mais atenção. O texto também menciona que o papel do governo local no processo de votação deve ser engajar o público a participar mais nas eleições. Eu concordo com essa ideia. Mais participação sempre é melhor porque o propósito do processo eleitoral é ouvir as vozes do público.
O primeiro texto diz que “a campanha eleitoral de Cabo Verde decorreu entre 30 de Setembro e 15 de Outubro numa segunda volta a votação acontece a 31 de Outubro”. Parece que a eleição de Portugal só durou um dia. Na sua opinião, qual processo parece melhor?
Como o governo pode facilitar a votação para garantir mais participação?
O que nós podemos fazer para encorajar as pessoas a votar?
Oi Raquel,
Você traz pontos incríveis para esta conversa. Eu concordo que todos no processo eleitoral têm um parte que realizar e são igualmente importantes. Sem os políticos encorajando as pessoas votar, não há maior participação . Sem as organizações que distribuem as cédulas, pessoas não terão a oportunidade de enviar seu voto. Sem a confiança nos resultados, não haverá mais pessoas interessadas na votação. Eu tenho certeza que o problem maior en todas as eleições é a falta de confiança. Muitas pessoas acreditam que o tempo invertido no processo de votação é perdido porque a corrupção ditará os resultados ou que seu voto não marcará alguma diferença. Se pudéssemos mudar esta mentalidade, veremos mais pessoas submetendo suas cédulas. Outra razão que as pessoas não têm algum interesse em votar é porque não entendem o “porque”. Explicando o “porque” dará uma motivação que justifica o tempo, energia, e o interesse neste processo democrático.
Oi Raquel,
Você trouxe um ponto interessante em sua primeira pergunta, que eu não percebi nos artigos. Parece que Cabo Verde tem mais tempo para fazer campanhas e votar do que Portugal. Pode seria valioso dar uma olhada aos ciclos eleitorais desses países e se eles têm ou não opções de voto cedo, ou só um dia de eleição em que todos votam. Acho que o período eleitoral mais longo para Cabo Verde faz sentido para os votos da diáspora do país. Também acho interessante que os cidadãos cabo-verdianos que não vivem no país ainda possam votar nas eleições. Quero saber quanto impacto a população da diáspora tem nos resultados das eleições…
Acho que a melhor maneira de incentivar o voto é aumentando o acesso e a informação sobre a todos os cidadãos. Para evitar confusão sobre o dia da eleição, é importante garantir que a comunidade esteja ciente de seus prazos, para que não perca datas importantes de registro e votação. Também é importante divulgar informações sobre os candidatos e suas políticas, para que os cidadãos tenham uma noção clara da plataforma de cada candidato. Fornecer essas informações em centros comunitários, como escolas e igrejas, pode ser um bom primeiro passo.