Uma dicotomia ilusória entre “nós” e “eles”

Como muitos outras histórias na mídia popular sobre atentados e atos terroristas, este artigo fala sobre o porquê das ações de um angolano acusado de ser terrorista. O foco deste artigo não é principalmente sobre a doença mental, mas a breve menção da instabilidade mental como uma causa provável para as ações tomadas pelo angolano parece uma reflexão tardia que foi formada com muita certeza. Segundo o tribunal em Lisboa, onde ele está sendo processado, ele tem a tendência de se “refugiar num mundo de fantasia” e falar em OVNIs.

Este autor não menciona os detalhes mais importantes sobre o transtorno mental possível que este homem angolano pode ter. Ao omitir a informação sobre quais condições mentais são relacionadas com alucinações e delírios, como transtornos esquizofrênicos por exemplo, ele impede que seus leitores aprendam como pensar em essas complicações da mente. A linguagem que escolheu o autor indica um tom negativo em relação aos transtornos mentais porque ele não menciona nenhuma doença especifica; ele só fala sobre o suposto terrorista como se fosse alguém completamente nocivo. Ao ligar uma pessoa maliciosa com transtornos mentais, este autor limita seus leitores de pensar nas pessoas amáveis e carinhosas que também apresentam sintomas alucinógenas.

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