Política I: O efeito do português em Moçambique

Escolhi este artigo sobre a língua portuguesa em Moçambique porque me interesse o papel das línguas na política e na sociedade. Neste semestre, estou fazendo uma aula sobre política e o planejamento linguístico e falamos sobre como as línguas contribuem para a construção da nação, especialmente nos países pós-coloniais. Nos estados da nação emergentes, uma língua oficial normalmente serve para unificar o povo e criar uma identidade nacional única fora da história colonial. (ou pelo menos, é o objetivo). Em Moçambique, a língua oficial é o português. Porém o político citado no artigo, António Boene, diz que “69 por cento dos moçambicanos, com mais de 15 anos de idade, não dominam a língua portuguesa.” Quando eu li isso, fiquei surpreendida e não acreditei nesta estatística. Fiz uma mini-pesquisa e encontrei este recurso com informação sobre as línguas em Moçambique. O site diz que embora o português seja a língua nacional, só é falado por aproximadamente metade da população. Especialmente nas áreas rurais, as línguas nativas como Makhuwa, Sena e Swahili são predominantes. Devido a estes dados, Boene afirma que a língua portuguesa é “um bloqueio do acesso à Justiça” para a maioria dos moçambicanos porque todo o trabalho do sistema judicial acontece em português. Isto me faz pensar se o português realmente unifica o povo nos países pós-coloniais como Moçambique ou se divide a população entre os que têm acesso ao idioma e os que não têm.

O que eu não gosto deste artigo é o comprimento do artigo. É muito breve e não oferece muitos detalhes além do que diz o político. Também Boene não proporciona nenhuma opção específica para melhorar a situação; só diz coisas vagas, o que é interessante porque o título da sua posição é Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade. Também porque estou aprendendo sobre a linguística aplicada critical, quando li o artigo, me levou a pensar o que significa “dominar uma língua?” Qual deve ser a função da língua oficial? Para participar ativamente como cidadão dum país, uma pessoa tem que saber/dominar a língua oficial?

Outras perguntas que eu tenho são:
1) Em quais outros jeitos afeta a língua portuguesa os países pós-coloniais, além de ser um obstáculo no sistema judicial, como vemos no artigo?
2) Quais políticas poderiam ser propostas para melhorar isto? Dar status oficial às outras línguas faladas em Moçambique? Mais programas de educação do português para a população moçambicana? Quais são as vantagens e desvantagens de cada opção?

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One Response to Política I: O efeito do português em Moçambique

  1. Elba Garcia says:

    Querida Raquel,

    Obrgida pelas ideias de sue artigo! Quando você mencionou o fate de como el processo judicial do Moçambique, eu pensei sobre as interações socias entre os Moçambicanos. Na minha experiência pessoal, o português tem sido uma forma um lado mais intimo de meus amigos de países lusofonos porque eles não tem a mesma oportunidade de compartihlar sua língua. Por essa razão, eu concordo com você no objetivos das línguas, mas eu também sei como elas podem separar as pessoas. Por exemplo, se os Moçambicanos que morram nas àreas rurais não podem comincar-se com outra cominidade que falam o Swahili, eles não teram a oportunidade de criar uma ligação e pode criar uma mentalidade como “eles contra nós” (e isso é completamente divisível). Sem alguma manera de criar um boa relacionamento por meio da linguagem com seus vizinhos, as consequências podem formar muita tensão.
    Eu acho que Moçambique tem que reconhecer este problema para poder avanzar a uma solução que pode unificar a todos os cidadãos que têm diversas linguas. Talvez o governo pode reformar o sistema para incluir diferentes línguas que representa diferentes comunidades em questões de identificação, emprego, ou vida social entre os Moçambicanos.

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