Definir Cultura

     Esta semana, escolhi este artigo que se chama “Governo promete classificar género musical talaia-baxu como património nacional. Foi publicado pelo jornal cabo-verdiano Expresso das ilhas no 10 de setembro. Informa a respeito das ações que fazem o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas para apoiar a preservação cultural dos Mosteiros, uma cidade na ilha Fogo. Este texto me fez pensar muito em como nossa sociedade define a cultura.

     Por exemplo, os Mosteiros trabalham para criar um museu de café que o mostra “não só como produto económico, mas também um produto social e cultural” (Expresso das ilhas e Infopress). Quando li isso, me dei conta de que muitas partes da vida cotidiana pode ser algo cultural.  Quando eu ouço a palavra “cultura,” penso na arte em museus ou na música que posso encontrar online. Mas simplesmente é uma descrição de como um grupo vive (de acordo com ASA). Por isso, coisas como música, arte, e literatura podem ser boas representações duma cultura, mas é impossível mostrá-la totalmente.

     Este problema não é novo ou original—é algo que os historiadores têm que enfrentar em todos os projeto e estudos que fazem. Contudo, é interessante pensar em isso no contexto das aulas de línguas. Então, tenho algumas perguntas para vocês.

  1. O que não vemos quando aprendemos sobre as culturas de outros países? Como podemos aprender mais sobre as coisas que os livros de texto não contêm?
  2. Como melhor podemos representar nossa própria maneira de viver quando sabemos que não será perfeito (ou completo)? O que vale ser preservado? Como nossa percepção da cultura cambia nossa relação dela?

Estou animada ler suas respostas!

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3 Responses to Definir Cultura

  1. Ulia Ahn says:

    Wow, Erin, suas perguntas são muito boas! Me interessa muito a ponto que a café não é um “produto econômico”, mas também representa a cultura social em Cabo Verde! Acho que temos que aprender com uma perspectiva holística quando exploramos outras culturas. Os textos as vezes não dizem toda a história porque foram escritos pelas pessoas que não são nativos do país. Também a mídia não é uma boa forma para aprender porque as experiencias vividas não podem ser capturados totalmente ou eles propagam estereotípicos. Então acho que é importante que falemos com as pessoas dessas culturas cara a cara para que eles compartilhem sua cultura conosco. A respeita e conhecimento para eles crescem quando fazemos relações personais. Este vai mudar nossa percepção da cultura quando estamos em pessoa como a experiencia de “study abroad.” Não é só um país que aprende nas aulas mas é uma que vive.

  2. Raquel Luna says:

    Oi Erin!
    Obrigada por compartilhar seus pensamentos. Acho que você tem razaõ. A cultura está presente em cada momento, mas eu normalmente não penso conscientemente em que consiste a cultura. Seu exemplo de café é ótimo porque sim o café é um produto, mas também há um proceso cultural asociado com esta bebida. Por exemplo, ao contrário da cultura americana em que tomamos o café rapidamente no caminho para o trabalho/a aula, em muitos outros lugares no mundo, o café é algo que debe ser desfrutado quando a pessoa está sentada e tranquila. E cada grupo tem seu próprio jeito de fazer o café (café cubano, café italiano, café vietnamita, etc.). Isso mostra que a cultura está em todas partes de nossas vidas.
    Uma coisa que eu acho que debe ser ensinada nas aulas de línguas, mas não vejo em nenhum livro de texto nem as aulas é as palavrões (curse words). Na verdade, fazem uma parte substancial da linguagem de qualquer cultura. Seria uma boa ideia aprender estas frases para poder reconhecê-las nos contextos fora da aula. Uma maneira de aprender as palavrões é assistir filmes e programas de televisão que pertenecem à cultura em questão.

  3. Elise Quesnel says:

    Olá Erin !
    Eu gostei muito das tuas observações sobre a importância da manutenção e da conservação de aspectos culturais e identitários num pais, ou uma região, mesmo quando não são bem conhecidos do resto do mundo. Os livros e os mídias conseguem a dar uma idea teórica da cultura dum país, todavia são limitados na capacidade de transmitir a experiência real das várias práticas culturais. É muito difícil, na minha opinião, de conhecer verdadeiramente a cultura dum lugar sem viver lá o passar tempo nas comunidades em questão.
    Além disso, um dos grandes desafios é a aprendizagem da língua do pais/da cultura que é, segundo me, um dos aspectos mais fundamentais para compreender qualquer cultura.

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