Dinheiro do Governo dos Estados Unidos em Angola: A Luta Contra a Malária

O Jornal de Angola publicou uma entrevista entre uma jornalista e uma pediatra/especialista em doenças infecciosas chamada Dra. Sarah Labuda, que atualmente é conselheira residente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Iniciativa do Presidente dos Estados Unidos para a Malária em Luanda. Este artigo foi publicado no Dia Mundial de Combate à Malária (4 de outubro de 2021) quando os Estados Unidos doaram a maior doação individual para o combate à malária em Angola desde 2006, 360 milhões de dólares. Dra. Labuda fala muito sobre como Angola combate a malária, os diferentes programas e serviços, o progresso que é feito, e também como a pandemia do COVID tem impactado na combate à malária e outras doenças como a tuberculose e o HIV.

O que é mais interessante para mim nesta entrevista é quando Dra. Labuda fala sobre como os Estados Unidos financiam programas de saúde em Angola. Quando ela é perguntada “Qual a percepção que um Presidente dos Estados Unidos tem do impacto da malária em África, particularmente em Angola?”, Dra. Labuda fala sobre como o Presidente Joe Biden nomeou diretamente o Dr. Rajesh Panjabi como coordenador geral da ação contra a malária para PMI. Eu sinto que isso não foi uma resposta, ela estava evitando dizer qualquer coisa controversa,  o que não é surpreendente. Embora o dinheiro dos Estados Unidos ajudou a salvar milhões de vidas de malária e outras doenças, em minha opinião, acho que precisamos reformar a maneira como os Estados Unidos dão o financiamento global de assistência à saúde para países de baixa e média renda. O sistema permanece neocolonial às vezes e acho é injusto que os Estados Unidos têm controle sobre como outros países podem gastar o dinheiro global da saúde.

Minhas perguntas para você são: (para referência, assistência estrangeira e assistência global de saúde se refere ao dinheiro que é doado de um país para outro)

1. Quais são os prós e os contras de os Estados Unidos podem escolher regras estritas sobre como a assistência à saúde global é usada em países de baixa e média renda?

2. Quais são algumas maneiras que a assistência à saúde global e, mais amplamente, a assistência estrangeira podem ser reformadas para melhor servir os países que recebem o dinheiro?

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2 Responses to Dinheiro do Governo dos Estados Unidos em Angola: A Luta Contra a Malária

  1. Elba Garcia says:

    Oi Savannah , obrigada pela sua postagem. Suas perguntas estão cheia de muitas áreas cinzentas que retocam muita histórias complicadas. Eu posso entender qual pode ser as boas intenções de países como os Estados Unidos, mas as vezes podem trazer dano não intencional. Tal vez uma maneira para trocar o sistema da assistência à saúde pública pode ser elegendo a um equipe de representantes com diversas profissões e especialidades em finanças, economia, e saúde que fizeram pesquisas e conhecem a população da Luanda (ou outro país). Com o conhecimento em particular a Luando, os dinheiro doado para o país pode ser distribuído com mais eficiência as necessidades que há. Eu tenho certeza que um embaixador vai ser uma boa ligação entre os Estados Unidos e Luanda para procurar as necessidades e problemas são vistos de forma séria a e respeitosa para fazer mais bem do que mal.

  2. Bushra Rahman says:

    Oi Savannah,
    A ponto que você levantou sobre a política dos EUA do financiamento global da saúde como “neocolonial” é importante. Embora os EUA tenham a capacidade de fornecer recursos de saúde avançadas a outros países que não têm acesso, isso também pode se transformar em uma maneira de controlar outro país por meio de seu sistema de saúde. Pode parecer que que os EUA estão ajudando outro país, mais isso pode se transformar em uma dinâmica de poder, em que o outro país se torna dependente dos EUA para financiamento e recursos. Historicamente, esta tem sido a forma como os EUA “ajudou” outros países – fornecendo recursos, mas não instalando uma infraestrutura para tornar o outro país autossuficiente. Outro problema é que as práticas de saúde em todo o mundo são diferentes de acordo com a cultura, e os EUA não podem esperar que suas práticas e crenças da saúde sejam facilmente transferíveis a outros países.

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