Vamos votar gente! Mas….

Os artigos desta semana discutiram a votação e as ações que giram em torno do direito de voto. Semelhante às eleições presidenciais dos EUA, muitos tópicos vieram à tona, incluindo a votação por ausência/correio-em votação, urnas eletrônicas e taxas de abstinência. Todos estes factores têm uma coisa em comum: a acessibilidade ao voto.

Lembro-me que na minha aula de educação cívica aprendi sobre o direito de voto. Meu professor enfatizou a importância de votar e fazer sua voz ouvida. Tenho ouvido o mesmo sentimento ao longo dos meus anos de formação. É por isso que não entendi quando o meu professor de educação cívica falou no Facebook sobre boletins de correio. Ele acreditava que a votação por correio era fraudulenta, e que havia maior risco de trapaça, mas, não foi esse professor que nos pediu para não ficarmos de braços cruzados e usarmos o nosso direito de voto?

Protesto contra o projeto HB 531, o que colocaria restrições mais severas à votação na Georgia. Fonte: CNBC

Penso que os testes que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está a realizar são importantes para manter a exactidão e a fiabilidade numa eleição. No entanto, penso que as especulações podem transformar-se rapidamente em teorias da conspiração, o que pode levar ao aumento das tácticas de supressão dos eleitores. Por exemplo, de acordo com a professora Carol Anderson, vários projetos de lei foram apresentados pelos republicanos na legislatura estadual da Georgia para impedir o que aconteceu em 2020 (quando a Georgia “swung” azul). Um desses projetos elimina “caixas de entrega externas e se livra de decretos de consentimento.” Estes projetos de lei afirmam que estão “lutando pelas preocupações de seus eleitores” sobre eleições fraudulentas, mas esses medos não são apoiados por nenhuma evidência! De acordo com um estudo feito pelo Professor de Direito Justin Levitt, “apenas 31 casos de fraude eleitoral foram encontrados em mais de um bilhão de votos entre o ano 2000 e 2014.”

Perguntas para discussão:

1) Na Emory, temos a organização conhecida como Fair Fight que envolve “estudantes de Emory defendendo a reforma eleitoral e corrigindo a supressão dos eleitores.” Ao passar pelo instagram deles, sabia de todas as coisas que seriam consideradas supressão de eleitores? Concorda ou discorda de alguma das alegações desta organização?

2) Que outras formas você pode se envolver na luta contra a supressão dos eleitores?

About Vanessa Toro

Meu nome é Vanessa e estou no último ano na Emory. Eu estudo antropologia e biologia além de estudos lusófonos. Gosto de ler e assistir filmes. Estou animada por estar no PORT 285 e por construir meu scholarblog!
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2 Responses to Vamos votar gente! Mas….

  1. Raquel Luna says:

    Oi Vanessa!

    Obrigada por partilhar esses recursos, especialmente o grupo de Fair Fight. Não sabia que existe essa organização na Emory. Eu olhei a página do grupo e aprendi que na Georgia, aconteceram várias tentativas de suprimir votantes. Por exemplo, os senadores estaduais propuseram um requisito de um documento de identidade com foto para votar com boletin de correio. Também tentaram proibir oferecer comida ou água às pessoas na fila para votar. Uma das formas de supressão mais desonesta na minha opinião é tentar parar o registro eleitoral automático quando alguém solicita uma carteira de motorista. Eu concordo que todos os exemplos de Fair Fight são supressão de eleitores porque qualquer ação que impede ou faz que a votação seja mais difícil é uma forma de suprimir a votaçaõ. Um outro exemplo que eu acho poderia ser uma maneira de suprimer votantes é a fato de que nos Estados Unidos, há poucos dias para votar em pessoa e o dia oficial ainda não é um feriado nacional. Isso garante que as pessoas que precisam trabalhar esse dia não tenham tempo para votar.

  2. Elise Quesnel says:

    Olá Vanessa,

    Au concordo com você quanto à importância da regulação dos votos eletrônicos em relacionada a o que está fazendo a TSE. Todavia, acho que a questão de supressão do voto não é talvez mais relevante neste contexto, enquanto as fraudes através esta maneira de votar são reais; no efeito, deixa a possibilidade de alterações dos votos no internet via o uso de hacker e isso pode realmente ter consequências importantíssimas numa eleição justa e democrática. Relativamente à supressão do voto dos eleitores, existe uma grande esforço geral que tem de ser realizado a fim de promover a abertura de mais centros onde as pessoas podem votar e também a constituição de lugares onde os eleitores possam receber informações uteis no contexto da votação. Um dos melhor modos para a defesa do direito de votar seria de estimar por um lado quais são as comunidades mais impactadas por este problema e de concentrar-se já sobre estas pessoas, por quem o direito vem negado.

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