A tecnologia está bem incorporada na nossa sociedade, o que torna difícil imaginar como iríamos viver sem ela. É por isso que é imperativo que uma sociedade que quer ou necessita de tecnologia tenha igual acesso a ela. No primeiro artigo, achei interessante que houvesse uma correlação entre o acesso aos smartphones e a escolha de carreira nas mulheres. Você pode pesquisar e explorar tópicos de interesse, que podem complementar qualquer educação que você está recebendo atualmente. Em uma situação em que você é incapaz de receber uma educação, um telefone com internet pode fazer uma grande diferença. Eu realmente gostei da frase “educar uma rapariga é educar uma nação”. Eu acrescentaria a isso e diria que “educar uma rapariga é libertá-la”.
O acesso à tecnologia, especificamente a tecnologia digital, também pode ajudar com fins económicos e financeiros. Foi uma surpresa para mim descobrir que a maioria das pessoas em Angola não têm uma forma de identificação, que agravou o problema de não ser capaz de obter empréstimos para grandes compras, como uma casa ou carro. Isto perpetua ainda mais um ciclo de pobreza, impedindo que as pessoas possam melhorar os seus meios de subsistência. A maior barreira, como mencionado no artigo, é poder fornecer acesso à internet e outros dispositivos em diferentes áreas de Angola. Concordo que o primeiro passo é tratar o acesso à internet como um direito necessário, forçando o governo a gastar o dinheiro na infra-estrutura. No entanto, será um longo caminho para a aceitação do financiamento electrónico. Na Colômbia, já passaram vários anos desde a introdução dos cartões de crédito e da banca eletrônica. A população em geral ainda não confiou totalmente nela e mal a utilizou. As taxas de juros são muito altas e máquinas de cartão de crédito são difíceis de encontrar em negócios cotidianos (como o supermercado ou o salão). Isto não quer dizer que Angola tenha a mesma viagem, mas a mudança económica e social que as pessoas desejam ver não será repentina.
Perguntas:
- Você pode pensar em quaisquer outros obstáculos que Angola, e outros países que desejam introduzir mais tecnologia em outros aspectos de seu país, podem encontrar? O que poderiam fazer para superar esses obstáculos?
- Muitas pessoas das gerações mais velhas não confiam na tecnologia digital (em vários aspectos). Como uma geração que cresceu com a tecnologia digital, você confia abertamente na tecnologia digital e na economia que nos é apresentada? Conhece alguém que não tem confiança dos bancos digitais ou nos cartões de crédito?
Olá Vanessa,
A tua segunda pergunta é muito relevante por que, embora tens razão sobre o facto que pessoas mais velhas têm mais medo que nos no uso do digital, eu acho que estás falando um pouco com uma visão mais americana. Nos países europeus, e no meu país, não temos acesso a um computador nas escolas até estamos à universidade e ainda pelos exames na universidades todo está feito à mão. Por isso, conheço muitas pessoas (eu incluído) que não possuem um grande domínio do digital e têm dificuldade com a mudança geral das nossas sociedades para o mundo digital. Eu devo admitir que não compreendo todo o que as bancas digitais abranger e então não sou muito confortável com a ideia de fazer todo virtualmente, especialmente coisas financeiras.