“Como pode África encontrar o seu caminho?” pergunta João Melo, neste artigo da Rede Angola. É uma boa pergunta a fazer, dado que grande parte do mundo em desenvolvimento esta com a mesma dilema. Melo fala de como a África tem olhado para fora, a modelos estrangeiros, para resolver seus problemas. Geralmente, um estado autoritário trabalha em conjunto com uma elite consumista que possui ligações com o estabelecimento político. Mas este sistema não foi capaz de distribuir a riqueza de forma adequada entre as pessoas. Mais tarde, ele passa a criticar vários grupos diferentes que oferecem soluções para este dilema, argumentando que o melhor caminho para a África encontrar-se e resolver os seus problemas é ouvir o que os mesmos africanos têm a dizer, independentemente das suas diferenças. Concordo com ele neste respeito, que um diálogo deve ser realizado entre o povo de uma região, a fim de desenvolver um modelo orgânico, indígena para resolver os problemas locais. Mas, realisticamente, uma mobilização tão grande de um povo para lidar com essas questões é um processo complexo. As idéias de Melo são boas, mas como é que vamos iniciar uma discussão sobre como refazer África para os africanos, uma Ásia para os asiáticos, uma América Latina para os latino-americanos? A fim de chegar a esta fase, é importante desenvolver um grupo de indivíduos comprometidos, que ajudaram a comunidade a participar neste processo. Se não, artigos de opinião como este são um exercício divertido na oferta de soluções grandiosas com pouca viabilidade realista.
Um Caminho para o “Sul Global”
One Response to Um Caminho para o “Sul Global”
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Talvez não seja a intenção do autor, mesmo ele identifica que “gerações não são homogéneas” o uso de “África” como uma aglomeração é um pouco problemático na realidade porque há muitos países, vários grupos étnicos, políticas e religiões diferentes. Brian, acordo totalmente contigo sobre a posição do autor, simplesmente não é suficiente escrever que os grupos diferentes na África precisam unir-se porque a realidade é muito mais complexa. É um desserviço não incluir soluções possíveis aos obstáculos verdadeiros que impedem e historicamente impediram um discurso produtivo.