Apelo à justa representação dos reais atores de grupos culturais/identitários.

Esta semana, os dois artigos que foram escolhidos se focavam na questão do lugar atribuído ao reconhecimento e à valorização dos membros de dos grupos culturais diferentes no espaço artístico.

Tanto o texto sobre a seleção da apresentadora da “Drag Race” Brasil, como aquele sobre o documentário da Rainha Ginga Angolana de Netflix, evidenciam um problema actual quanto à representação ao nível público e mundial dos grupos em questão.

Eu não sei muito sobre o que é a “Drag Race” e do que se trata, no entanto, fiquei bastante surpresa da decisão da produção brasileira da série de escolher uma mulher (embora famosa) como Xuxa Meneghiel, em vez duma figura mais ilustrativa da comunidade LGBT+, e isso, só por razões de audiência. Não me parece aceitável de discriminar os próprios actores do grupo Drag Queen por motivos econômicos.

Igualmente, a raiva dos angolanos contra Netflix, que uma vez demais, se apropria a história cultural dum país para os seus próprios sucessos financeiros, é, na minha opinião, justificada. 

Todavia, um dos aspectos positivos destes dois casos é a oportunidade duma abertura e visibilidade mais importante na esfera pública mundial; um lado essencial pelo apoio destes comunidades in dificuldade. Uma mulher como Xuxa Meneghiel poderia certamente oferecer um maior público pelos LGBT+ e sobretudo as Drag Queens.

Os angolanos, similarmente, poderiam beneficiar do documentário Netflix sobre a história deles ao nível turístico no país, se o último revela-se um êxito.

Em conclusão, os textos destacam o fosso entre o justo reconhecimento dos principais intervenientes dum grupo cultural e a necessidade de uma maior visibilidade mundial.    

• Duas perguntas:

  • Qual poderia ser uma solução no caso da “Drag Queen Race” Brasil ? Seria melhor limitar a representação da série às pessoas do grupo LGBT+ ?
  • Quais são as instâncias de proteção do patrimônio cultural nacional dum país a um nível artístico ? Como os angolanos poderiam defender o direito deles no uso da história da Rainha Ginga da Netflix ?      
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