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Os Mais Vulneráveis na Pandemia: Imigrantes Sem Documentos

No Brasil, imigrantes em situação irregular não têm acesso a ajuda do governo, diz este artigo. Eles não conseguem solicitar o auxílio emergencial ou outros recursos oferecidos pelo governo e, assim, dependem da ajuda das organizações como Missão Paz, que oferece acolhimento a imigrantes e refugiados em São Paulo. Porque não têm documentos, eles não conseguem registrar-se para o auxílio e também para o programa de distribuição de cestas básicas. O artigo explica outros problemas que os imigrantes sem documentos vivem durante a pandemia, como o medo de serem presos no hospital.

Devido a estes desafios, as organizações que ajudam imigrantes começaram forte defesa da regularização imediata de imigrantes no Brasil. Países europeus, como Portugal, França, Itália e Espanha, aprovaram regularização de imigrantes para permitir seu acesso ao sistema de saúde.

Na minha opinião, a advocacia para a regularização imediata é importante e necessária. Sem pressão do povo, os desafios dos imigrantes não estarão nas agendas políticas. Trazer atenção a esta causa é fundamental na luta contra a crescente xenofobia porque destaca que saúde é um direito humano básico. Eu acho que é horrível que ainda haja pessoas que não acreditam nos direitos humanos básicos se uma pessoa não é de seu país. Ser de uma nacionalidade diferente não faz com que alguém seja menos humano. É ridículo que, durante uma pandemia, alguém tenha de escolher não ir ao hospital quando está doente por medo de ser preso. Num país tão grande como o Brasil ou tão rico como EUA, não deveria haver estas desigualdades. Estes países deveriam ter recursos de saúde acessíveis para todos, especialmente agora.

Imigrante que recebe alimento em acolhida no Brasil

As mulheres sentem mais estresse devido à pandemia

Eu acho nós entendemos bem o estresse, especialmente de acadêmicos. Recentemente também vivemos intimamente outras formas de estresse. Para mim, e muitas outras, estava estressada pelas preocupações com a pandemia, em termos de saúde e finanças. Eu sei que muitas pessoas estavam sofrendo estresse devido a circunstâncias familiares, além dos que eu mencionei.

De acordo com este artigo do Sábado, o estresse familiar durante a pandemia recai desproporcionalmente nas mulheres. Um inquérito denominado “Life with Corona” recolheu dados de 12 mil pessoas de mais 130 países e descobriu que há níveis substancialmente mais elevados de tensão domiciliar nas mulheres do que nos homens. Essa conclusão é independente do tamanho da família e indica que a pandemia pode perpetuar disparidades de género.

Embora o estudo não mencione causas potenciais desta diferença, eu acho que se deve aos papéis tradicionais de gênero. Tradicionalmente numa família, a mulher tem o papel de cuidar das crianças e de casa. Durante uma pandemia, quando todos da família estão em casa, ela não consegue descansar. Faz sentido que os níveis de estresse das mulheres sejam mais altos do que os dos homens porque não se espera que os homens lidem tanto com as crianças e o lar. Ser mãe é um trabalho inteiro e pouco reconhecido. O inquérito começou a segunda fase alguns dias atrás para obter dados sobre o impacto da pandemia a nível social e económico, e eu estou muito interessada para aprender mais sobre as conclusões.

Uma mulher em situação de estresse familiar

Economia de Cabo Verde sofre graças à pandemia

Graças à pandemia de Covid-19, Cabo Verde, um país onde o turismo representava 25% do Produto Interno Bruto (PIB), precisa mudança na sua economia, diz este artigo. O país está fechado a voos internacionais desde março, que parou o turismo e afeta negativamente a sua economia. Ainda não se sabe quando o país estará aberto a viajantes. Olavo Correia, o vice-primeiro-ministro, sugeriu que diversificação de economia é obrigatória neste contexto para criar novas oportunidades.

Olavo Correia, o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde

Seria difícil melhorar a economia em termos de agricultura ou exportação, considerando a falta de chuva e de recursos. O aumento das exportações de pescado ou café é um método, mas pode não ser viável atualmente. Alternativamente, uma ideia para diversificar a economia é para investir num plano de uma economia azul. Numa economia azul, há foco em desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos e melhoria em turismo e transportes. Também, isso inclui uma expansão nas áreas como a reparação naval, a aquacultura, a indústria e a atividade portuária. Acho que é uma proposta razoável considerando a localização geográfica do país. Cabo Verde já tem algum discurso sobre este plano.